sexta-feira, 2 de outubro de 2009

1859 2009 SESQUICENTENARIO DE WILLIAM ENZTMINGER


O Jornal Batista de 10.01.2010

O MISSIONÁRIO WILLIAM EDWIN ENTZMINGER
25.12.1859 – 11.01.1930


Francisco Bonato Pereira
Pastor da Igreja Batista de Siriji (PE)

Fundador d‘O Jornal Batista”, seu primeiro diretor, músico sacro, escritor, pregador, historiador, missionário pioneiro batista em Per-nambuco e no Rio de Janeiro.

Os batistas brasileiros comemoraremos em 25 de dezembro de 2009, o 150º aniversário de nascimento em 1859 do pioneiro missionário William Edwin Entzminger, que dedicou trinta e nove anos da vida à pregação do Evangelho e à implantação do trabalho batista no Brasil.

Os batistas de Pernambuco, mais que outros, temos motivos para celebrar esta data, porque foi em Pernambuco que Entzminger primeiro serviu a Deus, pregando o Evangelho de Cristo através da palavra e da música. Chegando a Pernambuco, atingido pela enfermidade da esposa e pela morte dos dois filhos, não desanimou, antes teve a fé revigorada e trabalhou na Seara do Senhor, reorganizando a Igreja Batista do Recife (mais tarde PIB Recife, mãe das igrejas batistas de boa parte do Nordeste, tarefa partilhada com o outro pioneiro Salomão Ginsburg), organizou a Igreja Batista de Nazaré da Mata e por dez anos espalhou a semente santa nesta terra do Leão do Norte e das Alagoas.

O missionário William Edwin Entzminger, com Ginsburg e outros líderes, idealizaram a publicação d‘O Jornal Batista’, hoje centenário órgão noticioso, informativo e doutrinário, dos batistas do Brasil, do qual, durante dezenove anos foi seu diretor e redator, suprindo os batistas brasileiros de material informativo, doutrinário, histórico e didático para a Escola Bíblica Dominical, numa época em que não tínhamos literatura, senão as lições publicadas n‘O Jornal Batista’.

A VIDA DE ENZTMINGER

William Edwin Entzminger nasceu em Blythwood, na Carolina do Sul, EUA, em 25 de dezembro de 1859, dia comemorativo do Natal de Cristo. Seu pai, fazendeiro, era de ascendência holandesa e William era muito estudioso e inteligente, tornando-se dono de uma cultura invulgar.

Entzminger se converteu aos doze anos de idade. Ingressou na Universidade de Furman, Carolina do Sul (USA), onde recebeu o grau de Bacharel em Ciências e Letras e, depois, no Seminário Teológico Batista do Sul, em Louisville, Kentucky (USA), recebendo o grau de Doutor em Teologia, sendo o primeiro missionário no Brasil com essa graduação.

A chamada Entzminger para missões ocorreu em 1891, ao ouvir um missionário da China. A decisão para trabalhar no Brasil, Deus o guiou ao Brasil pela leitura do folheto A Terra do Cruzeiro do Sul, escrito por Z. C. Taylor (Mulholland, Edith B. HCC, Notas Históricas, JUERP, 2001, p. 83).

WilIiam Entzminger casou com Maggie Grace Griffith, filha de um pastor batista, em abril de 1891. No mesmo ano o casal se apresentou à Junta de Richmond, com o propósito de ajudar os casais Bagby e Taylor. Aceitos foram nomeados o jovem casal partiu para o Brasil em julho de 1891, no navio Valência, junto com outros dois casais de missionários, chegando a Salvador em 11 de agosto.

O casal Entzminger nunca gozou de boa saúde no Brasil. Foram atingidos, de inicio, por várias doenças tropicais, como a febre amarela e malária, em Salvador (BA), razão porque mudaram para Pernambuco. No Recife, onde Entzminger trabalhou algum tempo com Salomão Ginsburg, na reorganização da Igreja Batista do Recife e na organização das Igrejas Batistas de Goiana (1892), de Nazaré da Mata (1896) e de Cachoeira (1889), Grace foi atingida pela febre amarela. O casal ainda sofreu a perda dos dois filhos - Margaret (1892) e William Edwin Junior (1894), falecidos em decorrência da febre amarela – sepultados no Cemitério dos Ingleses. No Rio de Janeiro, William foi atingido pelo mal de Hansen. Mesmo assim, depois de sete anos de atividades de Entzminger, o campo de Pernambuco (incluindo Alagoas e Rio Grande do Norte) tinha sete igrejas com mais de 500 membros.

Os Entzminger se mudaram para Nova Friburgo, fixando residência na região serrana do Rio de Janeiro, em razão do estado de saúde de Grace, enquanto Entzminger trabalhou no Rio de Janeiro. Naquele campo Entzminger ajudou na organização das igrejas de Niterói, Méier e Engenho de Dentro (hoje 2a IB Rio de Janeiro).
Entzminger nunca deixou de estudar a língua nacional, sendo grande apreciador dos clássicos portugueses. Sua vida era de oração e de fé, fato manifestado na sua atitude quando esteve acometido de lepra e, desenganado pelos médicos, orou pedindo de Deus a cura, como ocorreu. Homem dedicado ao ministério, era um bom orador, que refletia grande conhecimento das Sagradas Escrituras, idôneo, foi escolhido como pessoa capacitada para ser redator do jornal da denominação. Theodoro Teixeira falando a respeito do primeiro número de O Jornal Baptista, disse: “A Entzminger cabe a parte do leão” dos lauréis. Cabendo-lhe ser o primeiro diretor da Casa Editora Baptista (JUERP), e por sua dedicação e esforço passou de Editora para Publicadora e superou dificuldades.

Entzminger contribuiu com a publicação de diversos livros, como - Haverá Bíblias Falsas? -, que contribui para o crescimento da obra batista no Brasil. Ainda publicou (1919), com dificuldade, o primeiro hinário com música dos batistas - Lyra Cristã. O nosso Cantor Cristão traz setenta e duas (72) letras e traduções de hinos de sua autoria e muitas das edições do CC somente foram publicadas por seu esforço e dedicação. Por onde andava, nos cultos, podia se ouvir “aquela voz forte e vibrante, cantando hinos” (OJB, 10 de julho de 1919, p.12).

No ano de 1920, quando o casal Entzminger viajou de férias aos Estados Unidos, o estado de saúde de Grace declinou, falecendo ali companheira. Somente sua lealdade à chamada divina tornou possível a permanência de Entzminger no Brasil. Quando a mudança do clima não trouxe melhora para sua saúde, e seu marido decidira pedir demissão para levá-la de volta aos Estados Unidos, Grace, que apesar da saúde tinha trabalhado fervorosamente na formação e crescimento da União Feminina Missionária, decidiu “não abandonar o seu posto de serviço, custasse o que custasse”. Grace foi uma dos muitos missionários pioneiros que, no Brasil, deram a vida para levar o Evangelho de Cristo a esta grande e querida nação brasileira.

Viúvo, William Entzminger casou, dois anos depois (1922) com Amélia Charlote, missionária, viúva de Tomas Collin Joyce, inglesa, que havia trabalhado na Bahia (OJB, de 15 de janeiro de 1967, p. 5).

William Entzminger foi chamado à presença do Senhor as 13:30 horas do dia 11 de janeiro de 1930, em sua residência em Petrópolis (RJ), sendo sepultado o seu corpo no Cemitério Municipal. Havia servido ao Reino de Deus e à causa do Evangelho no Brasil por 39 anos (Betty Antunes de Oliveira, OJB, 13 de janeiro de 2002).

O Hinário para o Culto Cristão (HCC) incluiu 21 letras e traduções de Entzminger, fazendo dele o “segundo maior escritor de hinos entre os missionários pioneiros ao Brasil”, abaixo apenas de Ginsburg, autor de mais de cem letras desse hinário batista.

A OBRA DE ENTZMINGER

Embora não se posse separar a vida de William Entzminger da sua obra missionária no Brasil, há algumas tarefas por ele executadas que merecem maior destaque: (a) a reorganização da Igreja Batista do Recife (1892); (b) a organização das igrejas batistas de Goiana (1894) e Nazaré (1896) e Cachoeira (1899), em Pernambuco; (c) fundou e dirigiu por dezoito anos o Jornal Batista; (d) dirigiu a Casa Publicadora Batista; (e) colaborou na organização das igrejas batista de Niterói, Méier e Engenho de Dentro (hoje 2a Igreja Batista do Rio de Janeiro).

1. A reorganização da PRIMEIRA IGREJA BATISTA DO RECIFE (1892), quando chegou ao Recife, Entzminger veio da Bahia, junto com Salomão Ginsburg, começaram a agregar os antigos membros da igreja, dispersos desde o incidente havido entre Melo Lins e Zacharias Taylor (1888).

O trabalho persistente de Entzminger, na busca das ovelhas extraviadas, logrou trazer ao rebanho cerca de vinte membros antigos enquanto o dinamismo de Salomão Ginsburg, já conhecido no Recife, na pregação do Evangelho de Cristo, acrescentou ao grupo cinco novos convertidos. O ato de reorganização da Igreja ocorreu em 25 de julho de 1892, com a presença vinte e nove batistas, inclusive os missionários, sendo eleita na ocasião diretoria da Igreja: William Edwin Entzminger (pastor), Antonio Pacheco (secretário), Manuel Henrique da Silva (tesou-reiro) e João Batista de Oliveira (diácono). (Crabtree, Asa R. História dos Batistas no Brasil, p. 97). A reorganização da Igreja ocorreu na residência do escocês Gillespie, no Cais do Ramos (hoje Rua do Imperador). A Igreja mudou-se para a Rua das Hortas, nº 18 (hoje parte da Avenida Dantas Barreto) e depois para a Rua da Aurora, 43, 1º, na Boa Vista e, finalmente, para o templo próprio na Rua Formosa, atual Avenida Conde da Boa Vista.

2. A organização da IGREJA BATISTA DE NAZARETH (PE), na mata norte do Estado, em 12 de janeiro de 1896 pelo missionário Entzminger, dezesseis membros. Era comunidade foi fruto, inicialmente, da pregação do Evangelho de Cristo pelo missionário presbiteriano John Rockwell Smith e seu auxiliar Alexandre Gama. Retirando-se os presbiterianos do campo e iniciado o trabalho batista em 15 de março de 1895, teve o apoio integral desses convertidos e de outras pessoas, que batizados, por imersão, em 15 de julho de 1895. A comunidade batista progrediu de modo rápido e se desenvolveu sendo organizada em dia 12 de janeiro 1896, com o nome de Igreja de Christo, denominada Baptista, organizada na Cidade de Nazareth, com dezesseis membros: Manoel Cypriano de Lima, João Borges da Rocha, Manoel Paulino, Manoel Geraldo da Silva, Manoel Francisco da Silva, Benedicto Pereira Moreno, Amaro José do Nascimento, Arthur Neves, Antonio João, Jose Martins (da Silva), Francisco Campello, Maria da Rocha, Eliza Maria Evangelista, Francisca Baptista, Maria (Rosa) Osória Queiros e Maria Alves Baptista. O Concilio de organização foi dirigida pelo missionário Entzminger, servindo como secretário o pastor Mello Lins. Na ocasião o missionário William Entzminger foi escolhido pastor da Igreja e enquanto João Borges da Rocha eleito diácono (Ata de Consti-tuição da Igreja de Christo, denominada Baptista, na cidade de Nazareth).

3. A organização da IGREJA BATISTA DE GOIAA (PE), na mata norte do Estado, distante sessenta quilômetros do Recife, ocorreu no final do ano de 1892, especialmente pelo trabalho de evangelização de dois jovens discípulos de Entzminger - Emigdio Bento Alves e Juvêncio Índio do Brasil. O missionário Entzminger fez duas visitas, tendo batizado vários convertidos e nessa segunda visita, em fins de 1892, organizou essa igreja com sete membros, ficando sua diretoria assim constituída: pastor William Edwin Entzminger, diácono Jose Sabino, secretário e tesoureiro Miceno Rodrigues da Silva, evangelista Miguel Rezende (Mesquita, Antonio Neves. Historia dos Batistas em Pernambuco, p. 27).

4. A organização da IGREJA BATISTA DE NATAL RN). Havia em Natal (RN) uma Igreja Presbiteriana, fruto da pregação do missionário John Rockwell Smith. Um grupo de membros dessa discordou de medidas tomadas por ministros e separaram-se, organizando uma congregação independente sob a direção do professor Joaquim Lourival da Câmara. Depois de algum tempo chegando à conclusão de que suas convicções se assemelhavam às dos batistas, mantiveram contato com o missionário Entzminger, que enviou o pastor Melo Lins a Natal (outubro de 1892), onde esteve por duas semanas pregando e doutrinando a congregação. No final do período ministrou o batismo bíblico a onze (11) pessoas, inclusive o professor Lourival Câmara.
Em dezembro chegou ao Recife o professor Lourival Câmara, o qual passou uma semana estudando com o missionário Entzminger, foi consagrado ao ministério pastoral em 8 de dezembro de 1892, para servir a Igreja Batista de Natal. A Igreja Batista de Natal foi organizada em dezembro de 1892, pelo pastor Melo Lins, ocasião em que batizou duas pessoas e organizou a Igreja que elegeu o pastor Lourival Vilanova.
5. A fundação do Jornal Batista. Entzminger foi escolhido entre a liderança batista para organizar o Jornal Batista e fê-lo com sua capacidade. Durante quase dezenove anos, serviu como seu diretor e redator, fornecendo aos batistas do Brasil uma publicação que trazia noticias, ensinamentos doutrinários, dados históricos e, até, lições da Escola Bíblica Dominical.

6. Subsídios para a HISTORIA DOS BATISTAS. Entzminger registrava em seus relatórios a maior parte dos fatos e eventos ocorridos no seu campo e no seu ministério. Esse material, fonte primária para a Historia dos Batistas em Pernambuco (incluindo Alagoas e Rio Grande do Norte) no Rio de Janeiro e no Distrito Federal (campo carioca) ele publicou n‘O Jornal Batista”, ao longo do ano de 1927 (OJB, edição de 15.09.1927, p. 8-9 a 29.12.1927, p. 10). O pastor Antonio Neves Mesquita, ao escrever a Historia dos Batistas em Pernambuco (1930) e a Historias dos Batistas no Brasil, tomou emprestado esse material, publicando-o na íntegra, acrescentando-lhe apenas as aspas: “O Dr. W. E. Entzminger escreveu há pouco no Jornal Baptista uma serie de artigos sobre o começo do trabalho Baptista em Pernambuco (e no Brasil) cujos artigos tomei a deliberação de incorporar neste trabalho, com a devida permissão do autor”.

7. O CANTOR CRISTÃO. Entzminger tem uma participação na edição do Cantor Cristão maior do que qualquer batista no Brasil, excetuado o seu companheiro Salomão Ginsburg. Alem das letras hinos que escreveu e traduziu, integrou a Comissão de Revisão de Hinos do Cantor Cristão (OJB, 02 de novembro de 1911, p. 2), juntamente com Salomão Luiz Ginsburg, Otis Pendleton Maddox, Amélia Joyce e Emma Paranaguá, nomeados na assembléia da Convenção Batista Brasileira, realizada em Campos (RJ).

Roberto Torres de Holanda, o autor do Dicionário de Música Evangélica, sob o pseudônimo de Rolando de Nassau, ao escrever “Hinos de Enztminger” analisa, de forma completa a participação desse servo de Deus na musicografia batista brasileira (OJB, de 27 de julho de 2003, p. 4), onde diz, entre outras coisas: “Depois de Salomão Luiz Ginsburg, foi o maior hinógrafo entre os missionários no Brasil. Entzminger escreveu, traduziu ou adaptou 72 letras de hinos para o "Cantor Cristão"(CC). Dos 72 hinos, menos de um terço deles (21) foram aproveitados no ‘Hinário para o Culto Cristão’ (HCC)”. Alguns deles escritos em momentos de dificuldade pessoal, como após a morte dos filhos e depois da cura do mal de Hansen, em 1908, quando “traduziu o hino ‘It is well with my soul’, de Horatio Gates Spafford (CC-398, HCC-329). Tendo passado por grande provação, Entzminger, tal como Spafford (que perdeu quatro filhas no naufrágio do transatlântico "Ville du Havre"), poderia escrever: “Se paz a mais doce me deres gozar, se dor a mais forte sofrer, oh! seja o que for, Tu me fazes saber que feliz com Jesus sempre sou!”. Este hino foi publicado em OJB (05 nov 1908, p.1), pouco tempo depois do "The Baptist Hymn and Tune Book" (1904)”.

Textos como esse artigo Roberto Torres de Holanda merecem ser republicados periodicamente para conhecimento das novas gerações de batistas, para recordar da vida e da dedicação de servos de Deus, como William Edwin Entzminger, o qual, como as testemunhas de Cristo, mesmo depois de mortos ainda falam, com suas vidas, do grande amor de Deus e do sacrifício do nosso Salvador Jesus Cristo, a quem toda honra e glória seja tributada. Amém!

segunda-feira, 23 de março de 2009

1909 - CENTENARIO DO PASTOR ANTONIO MARQUES LISBOA DORTA - 2009



PASTOR ANTONIO MARQUES LISBOA DORTA

O Pastor Antonio Marques Lisboa Dorta nasceu a 5 de janeiro de 1909, em Tatuamunha, Porto Calvo (AL), filho de Alipia Lisboa e Júlio Ferreira Dorta, membro da PIB Maceió (AL). Segundo informação oral obtida na PIB Maceió, na década de oitenta, de uma irmã idosa, os primeiros nomes ele teria recebido em homenagem ao pastor Antonio Marques, que pastoreava a Igreja Batista de Maceió (AL), instrumento da conversao do seu pai.

Antonio Marques Lisboa Dorta se converteu ao Evangelho em 1922 e foi batizado nesse mesmo ano. Sentindo a chamada para o Ministério da Palavra, estudou inicial- mente no Colégio Batista Alagoano dirigido pelo missionário John Mein. Transferido para o Colégio Americano Batista concluiu o Curso Bacharel em Ciências e Letras. No Seminário Teológico Batista estudou de 1931 a 1933, recebendo o Grau de Bacharel em Teologia e de 1934 a 1937, recebendo o grau de Mestre em Teologia. No ano de 1939 apresentou sua tese de Doutorado no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Consagrado ao Ministério Pastoral na Igreja Batista Betel, em Maceió (AL), em 18 de outubro de 1934, pastoreou aquela Igreja até o ano de 1936, pastoreando as Igrejas Batistas de Porto de Pedras e de Tatuamunha (todas em Alagoas). Em Maceió organizou a Igreja Batista de Nova Sião, congregação da Igreja Batista Betel. Deixando o campo alagoano, em Recife pastoreou as Igrejas Batistas da Estância, 2ª da Torre, da Vitória (Torre), de São Lourenço da Mata, Evangélica Batista da Várzea e a 1ª Igreja Evangélica Batista da Torre (por quarenta e tres anos).

O pastor Antonio Dorta levou as igrejas que pastoreava a fundar congregações e organizar novas Igrejas. Sob sua liderança foram fundadas as Igrejas Batistas de Maria Farinha e de Paratibe (em Paulista), 2ª de Camaragibe, 2ª de São Lourenço da Mata e de Tiuma (em São Lourenço da Mata), Central de Carpina, de Piedade e de Candeias (em Jaboatão), de Casa Forte, do Engenho do Meio e de Caxangá. Professor do Seminário Teológico Batista, do Seminário de Educadoras Cristãs e do Colégio Americano Batista, também serviu na Junta Administrativa deste último.

Preocupado com a questão social lutou para a fundação do Hospital Evangélico de Pernambuco, sendo seu membro fundador e integrante da sua direção por toda a vida, inclusive presidente. Idealizou o Lar Batista para Anciãos, sonho que a Associação dos Diáconos Batistas de Pernambuco concretizou, sendo seu capelão até os últimos dias de vida.

O pastor Antonio Marques Lisboa Dorta casou, em primeiras núpcias com Dona Cleusa Pontes Dorta, com quem teve quatro filhos: Cleide Dorta Benjamin (profes- sora), casada com Efraim Pinto Benjamin (diácono); Nedir Dorta Santiago Pereira; Jason Júlio Pontes Dorta e Evia Pontes Dorta Jofilsan.

O pastor Antonio Marques Lisboa Dorta foi chamado à presença do Senhor em 9 de maio de 1993, aos oitenta e quatro anos.

quarta-feira, 4 de março de 2009

O PASTOR JOAQUIM COSTA CHAMADO Á CASA PATERNA



O PASTOR JOAQUIM COSTA CHAMADO À CASA PATERNA
Francisco Bonato Pereira
Joaquim da Silva Costa, servo do Deus Altíssimo, foi chamado à Casa Paterna na tarde da quinta feira, 19 de fevereiro de 2009. O reverendo Joaquim era pastor da IB Nova Alvorada, em Vila Velha (ES), quando faleceu vitimado por ataque cardíaco fulminante, aos cinqüenta e dois anos de idade.
A IB Nova Alvorada celebrou três Cultos em Ação de Graças ao Senhor pela vida de seu pastor Joaquim Costa: (a) às 19 horas do dia 19, com a presença de membros da Igreja e amigos chegados como Prefeito de Vila Velha, Neucimar Fraga e o Senador Magno Malta (pastor, colega de turma) que recordou a convivência na IB Cachoeiro do Itapemirim, o período do curso no Seminário, a amizade com a família de Joaquim e de Adelina, manifestando a saudade pela partida do amigo; (b) na madrugada do dia 20, com alguns pastores do campo capixaba, com momentos de cânticos e adoração que emocionaram a todos; (c) às 10 horas do dia 20, com a presença de uma multidão de cristãos batistas, oitenta e cinco pastores e familiares, inclusive as cunhadas Cristina, Sandra e Amélia, chegadas de Pernambuco. A presença de tantos amigos-irmãos num momento em que as igrejas se preparavam para acampar foi algo emocionante para a Igreja e para a família; (d) A IB Presidente Kennedy, em Presidente Kennedy (ES), terra natal de Joaquim Costa, situada a 160km de Vila Velha, celebrou quarto culto onde o Pastor Cenildo Rangel, trouxe a mensagem, recordando a vida e o exemplo de Joaquim Costa, que servindo a Deus, serviu aos homens, sabendo que ser cidadão do Reino Celeste em breve passagem na Terra aguardava a ida para a Pátria Celeste. Trouxe palavra de conforto e consolo a Adelina, Ellen e Kelly, lembrando que Joaquim as aguarda na mansão celeste para onde os remidos iremos viver com o Senhor. O culto participaram membros da Igreja, amigos, familiares e mais de 25 pastores do campo, muitos testemunhando sobre a vida do pastor Joaquim Costa. O corpo foi sepultado no Cemitério de Presidente Kennedy às 17h30min. A esposa, filhas, cunhadas e familiares foram para a residência da família, na praia de Marobá, em construção (Cristina Nóbrega - cristinanobrega@gmail.com).
O pastor Joaquim da Silva Costa era pastor da IB Nova Alvorada, em Vila Velha (ES), ministério que exercia há dez anos. Capixaba de Presidente Kennedy, convertido ao Evangelho de Jesus Cristo, chamado ao ministério e recomendado pela IB de Cachoeiro do Itapemirim ao Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB), concluindo o Curso de Bacharel em Ministério Cristão na turma de 1982. Casado com Adelina Maria Nóbrega Mendes, pernambucana, pai de duas jovens universitárias Ellen (concluinte de Comercio Exterior) e Kelly (acadêmica de Matemática).
O pastor Joaquim Costa foi consagrado ao ministério pastoral em Pernambuco, onde pastoreou a PIB Vitória de Santo Antão (1988 -1990). Exercia o pastorado da IB Alvorada, em Vila Velha (ES) há dez anos. Exerceu a presidência do Conselho administrativo do Seminário Teológico Batista do Espírito Santo (2004 – 2005).
A imagem pessoal que guardo de Joaquim, é sua figura simpática e sempre sorridente, ao lado da Adelina, sentados junto da quadra de futebol. Os contemporâneos do STBNB o apelidado carinhosamente de "Bareta".
O pastor Levi de Paula Freitas, amigo e contemporâneo do STBNB, enviou a mensagem à família de Joaquim Costa: “Fé e Bálsamo. Estes dias analisava os momentos polares que cada um de nós experimentamos entre a alegria e a dor (guardando as devidas proporções de cada um - pois cada realidade pessoal é perceptivamente diferente mesmo frente ao mesmo fato). Veio-me um pensar acerca do como se dá tais experimentos frente a nossa fé. Ela serve para apenas consolar como instrumento de auto-estima, ou no popular: levantar o moral frente ao experimento vivenciado. Ou será que realmente ela se transforma em bálsamo espiritual e emocional, na certeza absoluta do cuidado e do carinho de Deus? Lembrei-me de algumas pessoas que experimentam situações de extrema dor e outras de extrema alegria. Recordei-me que neste momento de vivencia o que estas pessoas menos queriam era ouvir a célebre frase: "Deus está no controle". Na verdade Deus sempre é criticado e ou questionado nos momentos de profunda dor. Todavia, se nos recordamos de Abrão, um homem, cuja Bíblia não relata seu questionamento ao seu Senhor, antes relata a experiência de uma fé balsâmica no fato relacionado ao sacrifício de seu filho Isaac, e que por isso recebeu a Graça de Deus. Se pensarmos na história de Jó que em meio ao sofrimento chamou a todos de louco, mas manteve-se fiel na fé balsâmica ao seu Senhor. E se por fim nos recordamos de Jesus, na figura humana, que na profecia de Isaias iria sofrer tanto que sua face seria desfigurada, fato que ocorreu, ao ponto de seu suor se transformar em gotas de sangue, mas que foi balsameado pelo Pai ao ponto que os discípulos viram sua face brilhar como o sol. Se pensarmos nestes fatos bíblicos e em tantos outros, nos é possível tirar uma conclusão, que torna verdade a poesia do hino: "aflito e triste coração, Deus cuidará de ti". Abraços e sentimentos”. Levi Paula (2009/2/19) - levipaulaf@gmail.com
Oremos ao Senhor para que conforte sua esposa Adelina, suas filhas Ellen e Kelly e demais familiares. E a lembrança da sua vida sirva de estímulo para nós outros que fomos influenciados por Joaquim, um servo temente a Deus.
Ao Senhor Deus de Abraão, Isaque, Jacó e de Joaquim, e a Jesus Cristo, seu filho, nosso Salvador e ao Espírito Santo, nosso Consolador, sejam dadas toda honra, glória e louvor.

IB de Siriji(PE)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

89ª ASSEMBLÉIA DA CBB EM BRASILIA (DF)

Diretoria da CBB - Presidente: Josue Mello Salgado (DF); 1ºV.Pres: Lincoln Pereira Araujo (PE); 2ºV.Pres: Alzira Maria Bittencourt Araujo (ES); 3ºV.Pres: Miqueas da Paz Barreto (PE); 1ºSecr: Iracy de Araújo Leite (PE); 2º Secr: João Marcos Soren (BC/RJ); 3º Secr: Ney Silva Ladeia (PE); 4º Secr: Julio de Oliveira Sanches (SP).

CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA RECONHECE COMO MARCO INICIAL DO TRABALHO BATISTA NO BRASIL O ANO DE 1871, COM A IGREJA BATISTA EM SANTA BÁRBARA DO OESTE.

Os batistas brasileiros reunidos em Brasília para a realização da 89ª Assembleia Anual da CBB voltaram para suas igrejas conscientes de que todos os objetivos foram alcançados, tanto nos aspectos da gestão da organização quanto, principalmente, no que diz respeito à parte inspirativa. Baseados no tema do ano, “ O aperfeiçoamento dos santos: despertando e capacitando líderes”, todos os oradores levaram os participantes a uma profunda reflexão sobre a nossa responsabilidade de, como crentes, atuar de forma marcante na sociedade brasileira.



Pr. Oliveira passa a presidencia da CBB ao Pr. Josué Salgado

AS MENSAGENS

O presidente, pr. Oliveira de Araújo, pregou a mensagem de abertura da Assembléia: “Como vencer seus gigantes”. Recordou a todos que, na última assembleia, sua mensagem foi: “Enfrente seus gigantes”. Hoje, depois de ter enfrentado o gigante do transplante pulmonar e vencido, vem completar a mensagem iniciada em São Luis. O pr. Oliveira reafirmou que os gigantes existem. Tomou como texto básico 1Samuel 17, de onde retirou lições de vida. “Diante dos gigantes da vida, muitas vezes ficamos com medo e desanimados. Quando pomos os olhos nos gigantes e os tiramos de Deus, nossos sonhos desaparecem. O vencedor de gigantes não olha para os pessimistas”, afirmou. Depois de relatar sua experiência, disse que não existem gigantes que não possam ser vencidos pela fé e afirmou que ele venceu o gigante que estava à sua frente porque teve fé no Senhor de sua vida. Enfatizou que Deus tem para cada um de nós vitórias diante dos gigantes que nos provocam medo e desânimo. Convocou a todos a colocarem seus gigantes diante do Senhor.



O Dc. José Julio dos Reis e o Pr. Paulo Lomba, Presidente e Executivo da covenção batista do distrito federal

O orador oficial, pr. Ebenezer Bittencourt, membro da IB Central de Campinas (SP) e diretor do Instituto Haggai, apresentou a mensagem: “O poder de um só”. Utilizou como base bíblica Daniel 5.10-12. “Ele tem o espírito do Deus Santíssimo”, destacou. Falou sobre a necessidade de sermos líderes que tenham o primeiro lugar. “O líder deve ser alguém que pratica uma caminhada solitária”, afirmou. “Como Daniel no passado, podemos ter muitas pessoas ao nosso redor mas ainda assim estarmos só. É na caminhada solitária que nasce o poder de um só . Em segundo lugar, “o líder exerce uma responsabilidade delegada”. Somente com esta postura consegue promover os outros, ajudando-os a crescer e galgar melhores espaços. Isso exige, também, uma quietude íntima que torna possível dizer: “O reino não é meu!” Quando a visão é grande, conseguimos ajudar os outros a melhorar e a crescer. Em terceiro lugar, “o poder de um só é também o poder da fraqueza. O mundo precisa olhar para nós e reconhecer que somos representantes de Deus. O nosso poder se aperfeiçoa na fraqueza porque só a graça de Deus é que nos faz próximos dos que precisam. Só ali onde Deus habita é que existe o “poder de um só”.

Pastor Roberto Schuler
O dr. Roberto Schuller, diretor do STBNB, pregou sobre “O aperfeiçoamento dos santos na capacitação de líderes – área ministerial”. O pregador baseou sua mensagem no texto de Efésios 4.11, 12 e 14. Iniciou mencionando a importância de Éfeso, bem como as viagens de Paulo, que tiveram como base a cidade de Éfeso, que se tornaria um centro de formação missionária. Ao chegar lá, Paulo encontrou problemas, mas trabalhou-os doutrinando a igreja. Uma igreja espiritual e doutrinariamente preparada é capaz de realizar a obra missionária. Por isso, Missões Nacionais e Mundiais precisam estar casadas com os nossos seminários. Podemos enfrentar ventos contrários capazes de enfraquecer até os preparados, mas não podemos nos deixar levar pela força do vento. Vivemos um tempo em que valores morais estão em crise. Verdades que eram consideradas sólidas, hoje estão se evaporando. O que pode fazer a igreja de nosso Senhor Jesus Cristo? Precisamos investir no aperfeiçoamento dos santos para termos crentes convictos, igrejas saudáveis e mais atuantes. Líderes são aperfeiçoados e preparados em Seminários Teológicos. Precisamos investir mais em nossos seminários na área teológica, de educação religiosa e de música. Como pode uma denominação ter tanto amor por Missões Nacionais e Mundiais e não ter o mesmo amor pelos seminários. Os seminários preparam líderes, mas preparam líderes para quê? O orador disse que existem três frentes para ser modelo de espiritualidade e aperfeiçoamento dos Santos.

1- O aperfeiçoamento dos santos tem uma relação direta com a experiência de Jonas. É necessário que o líder encare suas “Nínives” que podem representar pessoas com quem não queremos conviver, cidades onde não queremos ir e situações desconfortáveis.

2- O aperfeiçoamento dos santos tem uma relação com Simão, Cirineu, o homem que ajudou Jesus a carregar a sua própria cruz. Isso significa ajudar o necessitado a carregar suas cargas e dificuldades. O problema é que não queremos levar nem mesmo nossa própria cruz, que dirá a cruz dos outros.

3- A experiência de Marta e Maria – tiveram comportamento completamente diferente. São dois tipos de espiritualidade. O ideal seria a síntese entre a fé e as obras. Síntese entre oração e ação. Preparar homens e mulheres, líderes capazes de influenciar a sociedade, tem a ver com enfrentar suas Nínives, carregar as cargas dos outros (Simão Cirineu) e viver a síntese entre oração e ação. Preparar líderes para o aperfeiçoamento dos santos precisa começar em mim.



Dc. Esdras Alves Rocha Queiroz, presidente da Coordenação Geral

O pr. Vagner Vaelate discorreu sobre o tema: “O aperfeiçoamento dos santos na capacitação de líderes – área de liderança leiga”. Usou, em vez do termo “leigo”, o termo “voluntário”. Fez a leitura de 2Timóteo 2.2 e destacou que no voluntariado é que encontramos a grande força da igreja. São os voluntários que, uma vez capacitados, mudam a visão da igreja. A chave do sucesso é trabalhar no treinamento de nossos voluntários. Destaques: sacerdócio cristão (Mt 27.51). Depois da introdução, destacou: O mais poderoso exército de voluntários do mundo está sob o comando da igreja local; não há em toda terra uma força mais poderosa do que nossos voluntários; no entanto, não existe a motivação deste exército por alguns fatores: 1- Líderes centralizadores; 2- Organizações baseadas em hierarquia estão em decadência; organizações baseadas em líderes autoritários estão em decadência; 3- Quem está no comando? Líderes centralizadores tendem a oprimir e manipular seus subordinados; 4- Líderes inseguros não delegam autoridade aos voluntários, não confiam em leigos, não investem na capacitação de voluntários e o prejuízo é da igreja e do Reino de Deus. Líderes capacitadores pensam a longo prazo. Encerrou a mensagem afirmando: “Não tema os seus voluntários, capacite-os.”

O pregador da manhã do último dia da Assembleia foi o dc. Josias Lira. Baseou sua mensagem em Jó 42.5. Enfatizou o fato de Jó ser o homem mais rico de seu tempo, mas era um homem temente a Deus. Passou a contar as experiências de sua vida. Nasceu em um lar cristão, na roça. Contou que há 11 anos foi assaltado numa estrada e levou seis tiros, dois na cabeça. Caído na estrada, Deus providenciou que um ex-aluno passasse por ali, reconhecesse seu carro e o socorrese. No caminho para o hospital, o amigo disse: “Josias, aguente firme, porque o sangue de Jesus tem poder”. Ao chegar no hospital foi desenganado e dado por morto nos noticiários de Manaus. Resistiu e seguiu de avião para São Paulo. Como Jó, que recebeu o mal sem qualquer rebeldia contra Deus, aceitou aquele momento de dor. Glorificou a Deus pelas balas e aí começou a sua subida para Deus. Contou sobre os procedimentos hospitalares e cirúrgicos e sobre a assistência psicológica que teve. Informou que a melhor cirurgia que Deus realizou foi a retirada de seu coração de pedra e a colocação de um coração espiritual. Ao voltar a falar sobre o novo sócio que havia assumido a direção de suas empresas, disse que descobriu o que Deus queria de sua vida. Narrou que passou a ser uma pessoa envolvida com a obra e não um crente domingueiro. Começou a ler a Bíblia várias vezes por ano e agora ora: “Dá-me sede e fome de ti, Senhor. Antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora posso andar contigo”. Relatou que fez o propósito de dar 90% de seus rendimentos para a obra do Senhor e viver tão-somente com 10%. Muitos de seus amigos empresários o desestimularam e disseram que ele iria falir, mas ao final daquele ano, apesar de ele ter dado os 90%, ainda teve grande sobra, ao passo que seus amigos faliram. Estimulou todos a serem honestos, a pagarem seus impostos e taxas, trazendo seus documentos em dia e sendo honesto com seus funcionários. Diz que, para a glória de Deus, tem ajudado cerca de 330 seminaristas. Narrou outras experiências sobre implantação de igrejas e construção de templos. Enfatizou que Deus quer usar a cada um de nós para a sua obra.

ESTUDOS BIBLICOS

A introdução de estudos bíblicos nas manhãs das assembleias foi uma das definições feitas na programação que teve início na 88ª Assembleia, em São Luís, e se repetiu agora em Brasília e vem atender a um anseio de muitos mensageiros em nossas assembleias. O pr. Luiz Sayão, que já fora também o preletor na assembléia anterior, conduziu o estudo do livro de Neemias, com foco na liderança.

O pr. Sayão falou sobre três alianças: Abraão, Sinai e Com o Rei Davi. O povo não foi fiel a essas alianças e por isso sofreu. O povo voltou para a terra e Neemias era uma das duas pessoas mais bem-sucedidas do seu tempo. Ele era o conselheiro do rei. Era necessário reconstruir os muros de Jerusalém e Neemias é o líder levantado nesse momento particular da história. Neemias tinha consciência da aliança feita com Deus. Confessou seu pecado e o do povo. Precisamos, como Neemias, confessar os pecados e Deus agirá no meio do seu povo. A cidade destruída, o povo arrasado, mas Deus agirá, independentemente das circunstâncias. Ele agirá por causa da sua aliança. Precisamos reconhecer nossos problemas e termos visão da realidade em nossa volta e pedir a Deus um espírito diferenciado e caminharmos na direção adequada.

No segundo dia, abordou Neemias 2. Um dos maiores desafios da liderança é harmonizar os planos de trabalho com o relacionamento humano. Existem líderes tratores (aqueles que são bons no planejamento mas que saem atropelando todos) e líderes coração de mãe (os que choram muito, têm muito carinho com os liderados, mas não conseguem planejar com inteligência e segurança). Na situação, Neemias manifesta uma inteligência emocional que surpreende. Para fortalecer o nosso coração, Deus usa o método da “complicação”. Virtudes de Neemias: 1. Silêncio (habilidade de um jogador de xadrez); 2. Habilidade de lidar com a oposição (6.2-4) – não toma posição desequilibrada e nem atitude de escapismo, mas age com tato e bom senso. Em 2.13-14, mesmo Neemias sabendo e tendo ouvido sobre a destruição, foi examinar o que estava acontecendo. É necessário o líder ter essa atitude. A liderança de Neemias envolvia preocupação com a administração e o capítulo 7 registra todos esses aspectos. Em 5.1-6, observamos que Neemias sabia lidar com crises internas e repreendia as atitudes do povo. Última habilidade: Neemias 4.19-20 – reconhecer que Deus é quem faz a obra.

No terceiro dia de estudo, o pr. Luiz Sayão focaliza o caráter de liderança do líder. Relembra que nosso limite é nosso limite. Na vida de Neemias, ressalta saber trabalhar em equipe. Nos capítulos 4 e 5 Neemias teve tato e sabedoria para não criar problemas, mesmo quando perseguido e alvo de zombaria. Duas questões:

1. Destacar o fator teológico – aprender a exercer responsabilidade com espiritualidade. Reporta-se ao Peregrino na ida do cristão que, convertido, cai só. Gente envolvida em viver o Evangelho muitas vezes exagera e não sabe interagir com o grupo. Afasta-se e se torna um alienado em relação ao todo. Neemias leva o povo a assumir sua responsabilidade trabalhando no meio dele. Leva a equipe a trabalhar junto, numa troca de experiência. Neemias só foi bem-sucedido por causa da sua sensibilidade de mobilizar o povo.

2. Ainda como destaque temos o “Espírito de Servo!” Como no capítulo 5, versos 14 em diante, existe no ser humano o problema de querer e não poder ser Deus. O lugar que nos cabe é o de servidão, servos de Jesus Cristo e não senhores. Devemos passar por exercícios de espiritualidade, como conversar com crianças, visitar órfãos e viúvas, como diz a Palavra. Neemias foi vitorioso por sempre assumir o seu lugar com humilde espiritualidade.

3. Outro aspecto é o que aparece em Neemias 6.16 em diante: caráter e espiritualidade devem ter sincronia. Muitos parecem pensar que vão viver para sempre. Precisa ver o fator de limitação da vida. Neemias tinha consciência da importância da obra, mas também de sua limitação para agilizar a construção. Em 52 dias, porém, fez aquilo a que se propôs a fazer.

4. O foco do livro de Neemias passa a ser “Deus é o Soberano”, dono do Universo de nossas vidas. Ao término do trabalho, Neemias e o povo leram a palavra e engrandeceram o nome de Deus. Fomos nascidos e criados para o louvor e a glória de Deus e em Neemias vemos este anseio. Concluiu.



Coro das Igrejas Batistas do Distrito Federal

CONSELHO GERAL

O relatório do Conselho Geral, apresentado pelo diretor executivo, pr. Sócrates Oliveira de Souza, foi aprovado integralmente e a assembleia fez algumas recomendações que deverão ser cumpridas ao longo do ano convencional. De igual modo, o Conselho Fiscal apresentou seu parecer à Assembleia com as devidas sinalizações que deverão ser observadas pelas organizações executivas e auxiliares com o acompanhamento do Conselho Geral.

MARCO INICIAL

Entre os itens do relatório do Conselho Geral é importante ressaltar a questão da definição do marco inicial do trabalho batista no Brasil. Depois de mais de cinco anos de estudo do grupo de trabalho, o parecer encaminhado à Assembleia foi aprovado por uma maioria esmagadora. Definiu-se que o início da presença batista em terras brasileiras foi em 1871 com a igreja em Santa Bárbara do Oeste. Desta forma, a comemoração do sesquicentenário dos Batistas Brasileiros será em setembro de 2021.

OS NÚMEROS DA ASSEMBLÉIA

Total geral de inscritos – 2.090; Igrejas da CBB representadas – 679; Pastores – 528; Diáconos – 179; Músicos – 29; Educadores – 31.

Convenções estaduais representadas: Acreana – 2, Alagoana – 20, Amapense – 4, Amazonas – 23, Baiana – 75, Carioca – 259, Catarinense – 17, Cearense – 7, Centro América – 19, Distrito Federal – 303, Espírito Santo – 132, Fluminense – 231, Goiana – 92, Maranhense – 128, Mineira – 59, Norteriograndense – 98, Paraense – 9, Paraibana – 39, Paranaense – 135, Pernambuco – 39, Meio Norte do Brasil – 8, Piauiense – 2, Pioneira do Sul – 35, Rio Grande do Sul – 5, Rondônia – 4, Roraima – 14, Paulista – 138, Sergipana – 22, Sul-matogrossense – 18, Tocantins – 42, Unidas do Ceará – 12, Carajás – 4, Não identificados – 95.


Templo da IMB Brasilia (DF)

NOITE DA JUVENTUDE

Depois de cânticos e leitura bíblica, o pr. Sérgio Pimentel de Freitas, presidente da JUMOC, convidou todos os presentes a se abraçarem e, simbolicamente, abraçarem a Juventude Batista Brasileira. O pr. Sergio iniciou sua mensagem revelando preocupação com a situação da vida cristã de muitos líderes e leu João 9.1-3, 13-16 e 39. “Alguma coisa está muito estranha”, disse. No decorrer da mensagem, o orador fez referência a outros textos e personagens bíblicos e ilustrou dizendo que temos buscado um cristianismo para atender nossas necessidades, mas que precisamos viver o cristianismo autêntico. Concluiu convocando todos a viverem como Cristo quer. Fez um apelo para dedicação de vidas, enquanto a congregação cantava “É tua graça”.

O pr. Fabiano Pereira da Silva, ex-diretor executivo da JUMOC, foi convidado para receber da Juventude Batista Brasileira uma homenagem especial pelos serviços prestados à JUMOC. Recebeu uma placa de recordação.

NOITE MISSIONÁRIA

O auditório maior do Centro de Convenções, com 3.500 lugares, acrescido de mais 450 cadeiras, e um auditório auxiliar com 800 lugares foram pequenos para comportar o povo que na noite de segunda-feira acompanhou a Noite Missionária.

As duas agências missionárias apresentaram os desafios que os batistas brasileiros têm na obra de evangelização do Brasil e do Mundo. A programação esteve sob a responsabilidade do pr. Sócrates Oliveira de Souza, atual diretor interino de Missões Mundiais, e pr. Fernando Macedo Brandão, diretor de Missões Nacionais.

O pr. Tomé Antonio Caridade Fernandes, missionário de Missões Mundiais que trabalha com os missionários locais na Índia, deu testemunho sobre o trabalho na Ásia e o pr. Cláudio Souza deu seu testemunho sobre o trabalho de Missões Nacionais no Rio Grande do Sul.

A campanha de Missões Mundiais para 2009 foi apresentada pelo pr. Luis Cláudio Marteleto. A congregação cantou “Eis-me aqui”, que é o hino oficial. O pr. Sócrates Oliveira, falando em nome de Missões Mundiais, disse aos batistas para viverem Missões e apresentarem os desafios para os próximos anos: alcançar 1.200 missionários. Brasil, Rússia, Índia e China são os desafios para os próximos anos.

O pr. Fernando Macedo Brandão falou em nome da JMN e lançou a campanha de construção de um novo lar em Palmas. O tema da campanha este ano será “Por ti darei a minha vida”.

Crianças e adolescentes do Lar Batista Francisco Soren Itacaja/GO) e David Gomes (Barreitas/BA)cantam na Assembleia

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO COMEMORA 104º ANIVERSÁRIO (2004)

Missionario Salomão Luiz Ginsburg, o fundador da Convenção Batista de Pernambuco, em 30.12.1900.

A CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO.
O CENTO E QUATRO ANOS CONGREGANDO AS IGREJAS DO SENHOR.

No dia 30 de dezembro próximo passado transcorreu o 104º (centésimo quarto) Ani- versário da Convenção Batista de Pernambuco. Sua organização ocorreu em 30 de dezem bro de 1900, no templo da Primeira Igreja Batista do Recife, reunindo as cinco Igre jas Batistas do Campo Pernambucano: PIB de Maceió (AL), PIB do Recife (PE), IB Cacho eira (PE), IB Goiana (PE) e IB Nazaré da Mata (PE), com o nome de UNIÃO DE IGREJAS BATISTAS LEÃO DO NORTE.
Em 30 de dezembro de 2000, transcorreu o Centenário de Organização da CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO, a primeira Convenção Batista estadual, data cara aos batistas pernambucanos e brasileiros, e agora, passado o 104º Aniversario, queremos registrar o fato, com dados da sua história, para recordação das gerações passadas e conheci- mento das novas.
As igrejas batistas, embora autônomas, sempre trabalharam em conjunto, o que motivou a criação de organismos de cooperação, a denominados de Convenção, o primei ro deles ainda no Século XVIII, na cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos.
No Brasil, ainda no limiar do Século XX, quando organizadas as primeiras igrejas batistas, foram criados os primeiros desses organismos de cooperação: (a) em 30 de dezembro de 1900, a UNIÃO BAPTISTA LEÃO DO NORTE (Convenção Batista de Pernambuco), no Recife (PE); em 16 de dezembro de 1904, a UNIÃO BAPTISTA PAULISTA (Convenção Batista de São Paulo), em Jundiaí, São Paulo ; em 5 de janeiro de 1907, a ASSOCIAÇÃO BATISTA FLUMINENSE (Convenção Batista Fluminense), em Aperibé, no Rio de Janeiro e em 1º de janeiro de 1905 a SOCIEDADE MISSIONARIA DO RIO DE JANEIRO . Coube, portanto, à CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO o privilégio de ser a pioneira entre suas irmãs dos 27 Estados brasileiros e do Distrito Federal.
A história da Convenção Batista de Pernambuco pode ser dividida em seis períodos: (1) 1900 a 1915 – UNIÃO BATISTA LEÃO DO NORTE; (2) 1915 a 1923 – CONVENÇÃO BATISTA REGIONAL; (3) 1923 a 1925 – CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBUCANA e CONVENÇÃO BATISTA REGIONAL; (4) 1925 a 1940 – CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBUCANA; (5) 1940 a 1973 – CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBUCANA e CONVENÇÃO BATISTA EVANGELIZADORA DE PERNAMBUCO; (6) 1973 a 2004 – CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO.

1. 1900-1914. OS PRIMÓRDIOS: A UNIÃO BATISTA LEÃO DO NORTE. Organizada em 30 de dezembro de 1900, realizou sua primeira assembléia no período de 30 de dezembro de 1900 a 1º de janeiro de 1901, no templo da Primeira Igreja Batista do Recife (PIB RECIFE), então situado na Rua da Aurora, por iniciativa do missionário Salomão Ginsburg, com o nome de UNIÃO BATISTA LEÃO DO NORTE. A primeira assembléia elegeu a diretoria assim composta: Presidente: Salomão Ginsburg (pastor da PIB RECIFE); Vice-presidente: João Borges da Rocha (pastor da IB de Nazaré da Mata); Tesoureiro: J. Marinho Falcão; 1º Secretário: Emilio Warwick Kerr (mais tarde pastor em S. Paulo); 2º Secretário: Arthur da Silva Lindoso (diácono da PIB RECIFE). A União Batista passou a reunir-se anualmente, em igrejas diferentes, para planejar e coordenar o trabalho das seis igrejas existentes e para momentos de fraterna comunhão entre os batistas do campo pernambucano (que incluía Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte).
Embora alguns que escreveram sobre os batistas em Pernambuco, afirmem que a Convenção não se reuniu com regularidade, nossas pesquisas demonstram o contrário. Os registros encontrados comprovam realização das assembléias hospedadas pelas igrejas seguintes: (2) IB Nazaré da Mata (PE) (abril de 1901) ; (3) PIB Maceió (AL) (maio de 1904) ; (4) IB Ilheitas (PE) (abril de 1906) ; (5) IB Nazaré da Mata (PE)(abril de 1907) ; (6) IB Ilheitas (PE)(abril de 1908) ; (7) IB Nazaré da Mata (PE)(abril de 1909) ; (8) IB Limoeiro do Norte (PE)(março de 1910) ; (9) IB de Moganga (Siriji)(PE) (abril de 1911) ; (10) IB do Cabo (PE) (abril de 1912) ; (11) IB Gravatá (PE)(abril de 1914) . Temos o registro de doze assembléias de quinze anos realizadas, faltando localizar os registros das assembléias de 1902, 1903, 1905 e 1913. Em 1914 reuniu-se a última Assembléia da Convenção sob a denominação de União Batista Leão do Norte.
A União Batista Leão do Norte, a primeira Convenção Estadual organizada no Bra sil, pelos batistas, foi o embrião da Convenção Batista Regional, que congregou as igrejas batistas do Campo Pernambucano e se expandiu para incluir as Igrejas dos Estados da Paraíba, das Alagoas e do Rio Grande do Norte e deu origem às Convenções Batistas dos Estado de Pernambuco, de Alagoas e da Paraíba. Desta última, mais tarde se desmembrou a do Rio Grande do Norte.

2. 1915-1923: A CONVENÇÃO BATISTA REGIONAL. A União Batista Leão do Norte em muito contribui para o desenvolvimento do trabalho campo e para fortalecer os laços de fraternidade entre os membros e obreiros da várias igrejas. O crescimento do campo e a organização de igrejas nos estados vizinhos, vinculados ao campo missionário de Pernambuco, a levaram a mudar o nome para Convenção Batista Regional, mais coerente com a sua expansão. Assim, na Assembléia de 1915 , realizada no templo da Igreja Batista do Cordeiro, no Recife (PE), essa mudança foi concretizada. Essa Assembléia contou com a presença dos missionários Ernest Alonzo Jackson e James Leonel Downing, que serviam no campo baiano. A Convenção Regional foi o espaço onde os obreiros nacionais desenvolveram o seu potencial de organização e passaram a ter voz mais ativa na condução dos destinos do trabalho batista no Estado.
Os relatórios dessa assembléia convencional (1915) mostram que nas cinco igrejas da capital (PIB do Recife, Cordeiro, Gameleira, Torre e Feitosa), tinham sido realizado no ano convencional cento e quarenta e dois (142) batismos, enquanto no campo o total foi de trezentos e quarenta e dois (342). Registra ainda que o Seminário Batista de Pernambuco, vinculado à Convenção local, matriculou dezessete alunos. Cabe lembrar que o mundo estava em plena I Guerra Mundial, com graves conseqüências econômicas para o Estado, para o país e para o mundo ocidental, em especial para os Estados Unidos e Europa. O Recife, grande centro econômico e portuário, também sofria os efeitos da guerra.
As outras assembléias da Convenção Regional foram realizadas nas datas e locais seguintes: (1) PIB de Maceió (20-23 de abril de 1916); (2) IB Torre (04-06 de abril de 1917); (3) IB Vila Natan (Moreno) (abril de 1919); (4) IB Cordeiro (abril de 1921). Em 1921 diminuiu o território da Convenção Regional, com a organização da Convenção Batista Alagoana, por iniciativa do missionário John Mein, quando as igrejas daquele Estado se desligaram do campo pernambucano. Em 1924 a Paraíba e o Rio Grande do Norte constituíram a Convenção Batista Paraibana, sob a direção do missionário Arnald Edmund Hayes.

3. 1923-1925: A CONVENÇÃO BATISTA REGIONAL E A CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBUCANA. Exaltados os ânimos e eliminados das igrejas dominadas pelos radicais os missioná- rios norte-americanos e aqueles que os apoiavam. E além de estarem os radicais na direção da Convenção Regional e do jornal O Batista Regional, as Igrejas que acei- taram permanecer em cooperação com a Missão norte-americana, cujos integrantes eram denominados construtivistas, decidiram criar um novo organismo de cooperação, para congregar as igrejas (Afogados, Capunga, Caruaru, Ilheitas, Lagedo, Limoeiro, Olinda, Vermelho, Zumbi). A sua Assembléia organizadora foi realizada nos dias 1 e 2 de novembro de 1923, na Igreja Batista da Capunga, quando elegeram a diretoria seguinte: Presidente: José Paulino Raposo Câmara; Vice-presidente: Leslie Leonidas Johnson; 1º Secretário: Acácio Vieira Cardoso; 2º Secretário: Stella Câmara; e Tesoureiro: Arnald Edmund Hayes.
Cabe repetir uma observação. Embora alguns autores registrem que, no primeiro momento do cisma, apenas as Igrejas Batistas de Olinda e de Lagedo apoiaram os missionários, enquanto as demais teriam ficado com a Convenção Batista Regional, Isabel Spacov, no livro IGREJA BATISTA DA CAPUNGA, documentando sua formação, demonstra, por documento (a ata de fundação da IB da Capunga) que cinco Igrejas permaneceram apoiando os missionários: a Igreja Batista de Olinda, dirigida por Benício Leão; as Igrejas Batistas de Vermelho e de Limoeiro, pastoreadas por Manoel Olimpio de Holanda Cavalcanti; as Igrejas Batistas de Ilhetas e de Lagedo (Goiana), pastoreadas por Leônidas Lee Johnson. Estas igrejas que se fizeram presentes no concilio de organização da Igreja Batista da Capunga.
A Convenção Batista Brasileira (CBB) interferiu na situação e foram feitas firmadas novas bases de cooperação entre a missão e as igrejas, que satisfez a maioria delas (1925), encerrando-se o movimento radical para a maioria absoluta dos batistas.

4. 1925-1940: A CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBUCANA. O período de progresso da prega ção do Evangelho de Cristo em direção ao Agreste e o Sertão do Estado. O cristia- nismo batista em Pernambuco tinha tido sua matriz na cidade do Recife, com a orga nização da PIB do Recife, atingido para o norte a Cidade de Goiana, na divisa com a Paraíba, para o sul Palmares, na divisa com o Estado de Alagoas e havia penetrado um pouco para o interior, atingindo as regiões da mata norte e mata sul, sempre seguin do os caminhos das ferrovias: Nazaré da Mata, Timbauba, Ilheitas (Goitá), Limoeiro, Boa Jardim, entre outras. Todavia as Boas Novas da Salvação não haviam ainda ultra passado cem quilômetros do litoral, exceto em Caruaru (1923).
Nesse período a mensagem do Evangelho vai atingir Rio Branco (hoje Arcoverde, em 1926), Garanhuns (1929), chegando até a metade do território do Estado. A partir do Agreste e do Sertão do Estado, chega até Serra Talhada, Salgueiro, Floresta, Triunfo, ficando, todavia, onze igrejas fora da Convenção Batista Pernambucana. No final desse período essas igrejas que haviam se desligado da CBB e ingressado na Associação Batista Brasileira se filiaram à Convenção Batista Pernambucana, encerrando o episódio.

5. CONVENÇÃO BATISTA EVANGELIZADORA DE PERNAMBUCO E CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBU- CANA. Em 1940 ocorreu uma nova cisão, passando a haver no Estado, novamente, duas convenções: a Convenção Batista Pernambucana e a Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco. Essa situação difere em muito da anterior porque, embora divergindo no tocante às diretrizes a serem implementadas no trabalho, entre os dois grupos, igrejas e individuas havia um relacionamento fraterno, com troca de cartas de transferência de membros, obreiros de igreja de um grupo eram aceitos para pastorear igrejas do outro grupo, até que, finalmente, terminou a separação, com a realização de uma Convenção conjunta, onde as duas convenções existentes se fundiram num único organismo que se denominou de Convenção Batista de Pernambuco (1973).
A Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco foi formada, de inicio, por vinte e quatro (24) igrejas e nos meses seguintes à sua fundação outras vinte igrejas resolveram se filiar à Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco: Afogados, Aliança, Araras, Barreiros, Cabrobó, Campo Alegre (Limoeiro), Caruaru, Cavaleiro, Feitosa, Goiana (1ª), Ilheitas, Nova Ipiranga, Remédios, Ribeirão, Rua Imperial, Santa Maria, Tegipio, totalizando quarenta e quatro igrejas filiadas à essa convenção.
As Convenções Pernambucanas e Evangelizadora prosseguiram no trabalho de cooperação com a Convenção Batista Brasileira, trocando cartas e a partir de 1960 começaram a se aproximar. Na época da Campanha Nacional de Evangelização, em 1965, houve um primeiro contato entre as duas Convenções, quando elegeram em conjunto, uma comissão comum para a promoção da Campanha no Estado. O fato repercutiu na denominação, culminando com a proposta de fusão das duas Convenções, em 1971.

6. 1973 – 2004: CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO. As duas convenções: a Convenção Batista Pernambucana, presidida por Ernani Jorge de Araújo (pastor da IB Água Fria); e a Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco, presidida pelo pastor Merval de Sousa Rosa (pastor IEB de Casa Amarela) – deliberaram, no ano de 1971, estudar a possibilidade de se fundirem num único organismo de cooperação, unindo forças em prol do Reino de Deus. Com essa finalidade constituíram cada uma, uma comissão de cinco membros, que se reuniram e constituíram a Comissão Paritária, que se subdi vidiu em duas sub-comissões: de Reestruturação e Jurídica. A Comissão Paritária, através de suas sub-comissões Jurídica e de Estruturação, trabalhou ativamente, apresentou projetos, explicações, estudos, emendas e deu novas redações. O mesmo ambiente de excelente entendimento permaneceu constante. E no dia 2 de novembro de 1973, no templo da Igreja Batista da Capunga, as duas Convenções se fundiram num único organismo – a CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO. No dia 2 de novembro de 1973, às oito horas e trinta minutos começava a ser escrita a primeira ata da Convenção Batista de Pernambuco. Apresentaram declarações solenes, preces de gratidão e de alegria foram Trono da Graça do Deus Criador e do seu Filho Jesus Cristo, nosso Salvador. Alegria, abraços, lagrimas de contentamento. A Diretoria eleita expressou os sentimentos que a todos dominava e representou o reconhecimento dos convencionais à aqueles que trabalharam para reunir os batistas do Estado num único organismo cooperativo: Pastor Merval de Souza Rosa, Presidente; Pastor Ernane Jorge de Araújo, 1º Vice-presidente; Pastor Israel Dourado Guerra, 2º vice-presidente, Pastor Elias Teodoro da Silva, 1º Secretário, Professora Daisy Santos Correia de Oliveira, 2º Secretária. No sábado, dia 3, depois das 22 h foram encerrados, com grande alegria e emoção, os trabalhos dessa Assembléia histórica da Convenção Batista de Pernambuco, que reuniu novamente os batistas do Estado de Pernambuco .

Agora em Pernambuco havia uma só e grande Convenção Batista com duzentas igrejas e um orçamento de Cr$ 22.000,00. Nenhuma das igrejas das extintas Convenções ficou de fora do novo rol convencional. Os batistas de Pernambuco fundiram seus nomes, seus esforços, seu patrimônio, perpetuaram seu ideais, aumentando suas forças para a realização da vontade do Mestre. O casamento fora feito, usando a expressão de Ramos André, pelo Pastor Nilson do Amaral Fannini, Presidente da Convenção Batista Brasileira, quando pregou o sermão oficial da união, na sexta-feira à noite e, lendo Jeremias 18:1-6, fez uma aplicação excelente e feliz à nova Convenção, e ao final da mensagem os mensageiros presentes deram-se as mãos enquanto cantaram “benditos laços são, os do fraterno amor• ".

Hoje, cento e quatro anos depois, a Convenção Batista de Pernambuco tem por Pre- sidente o Diácono Dr. Lincoln Pereira de Araújo e como Secretário Executivo o Pr. João Batista Januário dos Santos e como Coordenador de Evangelismo e Missões o Pr Edvan Tavares Pessoa.

A Convenção Batista de Pernambuco (CBPE), nas suas diversas fases, desde a sua fundação, passando por momentos de dificuldades e de harmonia, vem agregando e con- gregando as igrejas batistas do Estado e passados cento e quatro anos daquele momento inicial, o povo de Deus chamado Batista permanece unido em torno da sua Convenção Batista de Pernambuco, tendo ultrapassado o centenário de organização do trabalho cooperativo batista para a Glória do Senhor. Amém.

Francisco “Bonato” Pereira da Silva
Mestrando de Teologia, STBNB (Área: História).
Pesquisador de História dos Batistas em Pernambuco.
fbonato52@hotmail.com

IB EMANUEL (PE) EMPOSSA ALBERTO FREITAS (2004)


A IGREJA BATISTA EMANUEL NO RECIFE EMPOSSA NOVO PASTOR, HOSPEDA O CONGRESSO DA OPB BRASIL E SE PREPARA PARA COMEMORAR O 40º ANIVERSÁRIO (2004).

A Igreja Batista Emanuel no Recife empossou o seu novo obreiro, o Pastor Alberto Cristiano de Freitas, no dia 29 de agosto de 2004, ocasião em que foi celebrado um solene Culto ao Deus Criador e a seu filho Jesus Cristo. Estiveram presentes: o Diretor Geral do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, Dr. Merval Rosa; o Diretor Geral do Colégio Americano Batista (CAB), Dr. Ildibas Nascimento; a Secretaria Executiva da União Feminina Missionária Batista de Pernambuco, Professora Daisy Correia de Oliveira; o Presidente da Convenção Batista de Pernambuco, Diácono Lincoln Araújo; o Presidente da Ordem dos Pastores Batistas de Pernambuco, Pastor Edinaldo Monteiro; o Vice Presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), Pastor Miquéias da Paz Barreto. A Diretora Geral do Seminário de Educação Cristã (SEC), Professora Iracy Leite, o Secretário Executivo da Junta de Missões Mundiais, Pastor WaldemiroTymchak e o Secretário Executivo da Junta de Missões Nacionais, Pastor Ilton Pereira, impossibilitados de comparecer, enviaram telegramas de congratulações à Igreja. Estiveram presentes cerca de duas dezenas de pastores e igual numero de diáconos do campo, a família do pastor e da sua esposa, além de membros de várias igrejas batistas. O culto foi dirigido pela Professora Daisy Correia e pelo Pastor Jesiel Barbalho.
O pregador do Culto de Posse foi o Pastor Miquéias da Paz Barreto, da IB da Concórdia (e interino da IB Cordeiro), no Recife, que expôs a mensagem de Deus, segundo conteúdo da Carta de Paulo a Timóteo, discorrendo sobre a responsabilidade do pastor para com o seu rebanho.
Manifestaram os representantes das entidades denominacionais, especialmente o presidente da CBPE que expressou o agradecimento dos batistas de Pernambuco ao Pastor Alberto Cristiano de Freitas pelo período em que serviu como Secretário Geral do campo. O coro Emanuel, dirigido pela professora Cristiane Pascoal, dirigiu o louvor e a todos enlevou com as musicas especiais.
ANFITRIÃ DO CONGRESSO DOS PASTORES BATISTAS DO BRASIL
Duas semanas depois da posse do Pastor Alberto Cristiano de Freitas, a Igreja Batista Emanuel no Recife, no período de 15 a 18 de setembro de 2004, abriu suas portas, o coração e os braços do seu pastor e seus membros para receber e abraçar os pastores batistas do Brasil, liderados pelos Pastores Pascoal Piragine Júnior (1ª IB de Curitiba, PR), Presidente e Juracy Bahia, Secretário Geral, da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, reunidos no Congresso da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB) e pelo Ednaldo Monteiro, (IB Memorial de Belém, Recife, PE), Presidente da OPBB-PE.
Os pregadores do Congresso foram os pastores Sócrates Oliveira, Secretário Geral CBB, Tarsis Wallace Lemos Monteiro (IB Betel, em Maceió, AL), Juracy Bahia, Secretário Geral da OPBB, Edelto Antunes (Rio de Janeiro), Pastor WaldemiroTymchak, Secretário Executivo JMM, Roberto Amorim de Menezes (IB Farol, Maceió, AL), Paulo Solonca, José Maria, Helio Lourenço (São Luis, MA). Além das mensagens gerais, os presentes puderam participar de inúmeras oficinas sobre assuntos relacionados ao ministério pastoral. Apresentaram-se coros e grupos musicais que embeveceram os presentes: pastores, esposas e alunos dos Seminários.
O encerramento do Congresso ocorreu próximo da 13:00 horas do sábado, dia 18 de setembro, com os agradecimentos da Ordem dos Pastores à Igreja Batista Emanuel e ao Pastor Alberto Cristiano de Freitas e a toda equipe de apoio.
A COMEMORAÇÃO DO JUBILEU DE ESMERALDA – 40 ANOS
A Igreja Batista Emanuel no Recife está se preparando para comemorar, na última semana do mês de outubro próximo o seu Jubileu de Esmeralda – 40 ANOS – como agencia do Reino de Deus e Corpo de Cristo presente naquele bairro, louvando a Deus o Criador e proclamando a Mensagem de Salvação de Jesus Cristo, o nosso Redentor.
A História da Igreja Batista Emanuel Boa Viagem tem inicio em 1964, quando um pequeno grupo de crentes passou a se reunir no apartamento do casal Louise e George Leiby, em razão da irmã Louise, enferma, estar impossibilitada de participar dos cultos na Igreja. O pastor Travis Berry, Executivo da Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco, tornou-se o líder desse grupo de irmãos e passou a dar-lhe uma feição de congregação. Posteriormente o grupo passou a reunir na casa do pastor Zacarias e Ofisia Campelo, congregando quinze pessoas, quando se agregaram ao grupo três missionários: o pastor Glen Swicegood, sua esposa Audrey Swicegood e da. Mary Witt, todos vindos da Escola de Línguas em Campinas (SP). O pastor Glen Swicegood, arquiteto, dirigente da Comissão Predial Batista em Pernambuco, teve a visão de levar o grupo a adquirir lotes de terreno na Rua Maria Carolina, ainda pouco mais que um mangue, tendo a visão do futuro. A congregação contava com o apoio decidido da Igreja Batista da Capunga, de onde eram membros os congregados.
1. A ORGANIZAÇÃO. A IGREJA BATISTA EMANUEL EM BOA VIAGEM foi organizada em 27 de outubro de 1966, com dezesseis membros, sendo o Concilio de Organização constituído por dez pastores e cinco diáconos do campo pernambucano. O nome escolhido Emanuel foi sugerido pelo pastor José Florêncio Rodrigues, professor de hebraico do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, que significa Deus conosco e traduzia o sentimento dessa comunidade cristã. A igreja nasceu, assim, sob a influencia do nome que era a sua declaração de fé, e para indicar a localização acrescentaram em Boa Viagem.
A igreja desde os seus primórdios direcionou suas ações para dois ministérios mais específicos – Ministério de Ação Social e Ministério de Evangelização -, visando atender sua missão como Igreja . O primeiro atendia ao clamor dos menos afortunados que rodeiam a área onde está situada a Igreja, cujo clamor necessitava ter resposta do Corpo de Cristo ali presente. O segundo atendia à missão da Igreja, de pregar a Palavra até os confins da terra, atingindo todos ao alcance da influencia da Igreja, especialmente uma classe média que seria atraída a estudar a Bíblia em uma língua estrangeira.
A Igreja Batista Emanuel, seguindo a visão social-missionária, apresentada pelo Pastor Harald Schaly, para implementar esses dois ministérios abriu duas frentes de trabalho. Na área social organizou a Creche Raio de Sol – uma atividade filantrópica e evangelistica -, abrangendo moradores das favelas do Mata Sete e da Ilha do Destino, onde eram assistidos menores carentes e suas famílias. Na área de evangelismo ocorreu a abertura de classes de estudo da língua inglesa, utilizando a Bíblia em inglês como livro texto, procurando atingir a comunidade de Boa Viagem e viajantes através dessa língua.
2. A SEDE E O TEMPLO. A Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem, diferentemente, da maioria das igrejas evangélicas, de modo geral, não edificou primeiro o seu templo, mas um edifício de educação religiosa O desafio de planejar e construir um esse edifício foi grande, mas esse rebanho do povo de Deus atendeu ao chamado e enfrentou o desafio. Ainda no ano de 1966 foram iniciadas as obras do que veio a ser o “Edifício Travis S. Berry”, em homenagem ao seu idealizador e primeiro dirigente da primitiva congregação. As dependências desse edifício serviram à Igreja como templo, de modo provisório, até que puderam edificar o templo, que hoje embeleza a Rua Maria Carolina e testifica para a vizinhança que ali se reúne, cultua e louva ao Deus Criador e a Jesus Cristo, seu filho, o Salvador, uma igreja cristã, parte do Corpo Universal de Cristo.
O templo teve sua pedra fundamental lançada em 27 de outubro de 1985, quando a igreja comemorava o seu 19º aniversário de fundação, sob pastorado de Renato Cavalcanti.A pedra fundamental, uma urna de cimento, foi lacrada contendo um exemplar do Jornal “O Diário de Pernambuco”, um Boletim da Igreja, uma Revista de Jovens e Adultos, uma garrafa de mel (lembrando a campanha da construção, onde esse produto foi utilizado) e um paliteiro (representando o trabalho da União Feminina nos bazares para angariar fundos para a construção), sendo concluída a sua construção no final do século XX.
A construção do templo teve inicio em 2 de junho de 1986, tendo sido contratada a empresa W. O. Engenharia para a execução da obra. A igreja foi arregimentada, dividindo-se o corpo de membros em doze grupos, no que foi denominado “A Campanha das Doze Tribos”, que se comprometeram em sustentar a obra, com ofertas voluntárias especificas.
A construção do templo da Igreja foi concluída em 1998 e no ano de 2003 o projeto foi arrematado com a climatização do santuário, recurso necessário num bairro á beira-mar, onde a temperatura, no verão, atinge a 30º Celsius.
3. OS MINISTÉRIOS. A Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem exerce sua missão através de Ministérios de: Educação Cristã, dirigido por Lílian e Roseane Lima, que abrange uma grande Escola Bíblica Dominical e um trabalho evangelistico-educacional no Jardim Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, onde há vinte e dois batizados e mais de quarenta congregados e foi construído um templo; Música, liderado por Cristiane Pascoal, e tem envolvido a igreja nas atividades musicais, incluindo os corais Emanuel, Ágape, Tríade, Jovem, Adolescentes, Juniores e Infantil, alem de quatro bandas e vários grupos musicais; Social, Social, liderado pela professora Eleni Munguba, com vasta área de atuação, incluídos no NASCE – Núcleo de Atuação Social Cristã Emanuel -, oferecendo serviços médico, odontológicos, de fonoaudióloga e psicologia, com professores voluntários, oferece cursos de alfabetização de adultos e assistência às crianças das favelas próximas, com aulas de reforço e lanche durante as tardes. Coordena escola de musica e prepara professores interessados na área de atividade; Famílias, liderado pelo pastor Julio César tem integrado os novos membros a igreja com encontros trimestrais onde a comunhão é a tônica presente.
5. OS PASTORES. A Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem, ao longo dos seus quase quarenta anos foi dirigida pelos seguintes Pastores: (1) Glen Swicegood (1966 a 1967); (2) Harald Schaly (1967 a 1970); (3) Epitácio Lima (1972 a 1973); (4) Harald Schaly (1973 a 1983); (5) Renato Cavalcanti (1983 a 1986), (6) Edvar Gimenes de Oliveira (1987 a 1992); (7) Josias Bezerra (1992 a 1999); (8) Edvar Gimenes de Oliveira (1997 a 2003); (9) Josias Bezerra (01.07.2003 a 30.06.2004); (10) Alberto Cristiano de Freitas (2004).
O novo obreiro, o Pastor Alberto Cristiano de Freitas, nasceu a 22 de abril de 1956, na Cidade do Recife, filho do pastor Helio Vidal de Freitas e de Alayde Ferreira de Freitas. Graduou-se em Engenharia Eletrônica pela Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco, em dezembro de 1978, na mesma escola onde o seu pai, engenheiro civil, estudara e era professor. Trabalhou durante doze anos em atividades da sua formação, em empresa de engenharia em Recife (quatro anos), na Força Aérea Brasileira (oito anos) e empresa de informática na cidade de Maceió (AL) por dois anos.
Em 4 de fevereiro de 1983 casou com Zilla Ribeiro Queiroz de Freitas, filha do pastor Anderson Alves Queiroz e Cecília Delcy Ribeiro Queiroz, graduada em Administração de Empresas em 1984. O casal tem dois filhos, Rodrigo, de 19 anos, cursando Ciências da Computação (UFPE) e Daniel, estudando o segundo ano do ensino médio.
Sentindo a chamada para o ministério, ingressou no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil em 1980, cursando o bacharelado em Teologia até 1985, embora sem concluir o curso. Assumiu compromissos no ministério da 1ª Igreja Batista do Recife em 1985 e, em 17 de abril de 1993 foi consagrado ao Ministério da Palavra para pastorear a Igreja Batista de Ibimirim, no sertão pernambucano, onde permaneceu até agosto de 1995. Assumiu o pastorado da 1ª Igreja Batista de Garanhuns, no agreste meridional de Pernambuco, em agosto de 1995 trabalhando naquele campo até janeiro de 2001. Em fevereiro de 2001 assumiu a Secretaria Geral da Convenção Batista de Pernambuco (CBPE), na qual serviu até final do mês de agosto de 2004.
O pastor Alberto Cristiano de Freitas vem de um estirpe de servos do Senhor, sendo ele a terceira geração de pastores na família, iniciada por seu avo, o Pastor Jose Vidal de Freitas (pastor, advogado e magistrado no Piaui), continuada por seu pai, o pastor Helio Vidal de Freitas (pastor e engenheiro civil, responsável por grande número de templos batistas e de outras denominações edificados no Estado de Pernambuco). O pastor Alberto Freitas ainda tem um tio (Luiz Silvio de Freitas) e outros parentes no ministério pastoral. O Pastor Alberto Cristiano de Freitas, a sua esposa Zilla, e seus filhos Rodrigo e Daniel, eram membros da Igreja Batista Emanuel em Recife, onde ele servia de forma limitada, em face da Secretario Geral da Convenção Batista de Pernambuco, que lhe absorviam quase todo o tempo disponível.
A SITUAÇÃO ATUAL. A Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem, hoje contando com quase mil membros, e que vem de empossar o seu novo obreiro, o Pastor Alberto Cristiano de Freitas, em 29 de agosto de 2004, conta com uma equipe ministerial eficiente e dedicada, que dirige os trabalhos da Igreja para o louvor e adoração do Senhor e para a proclamação da Mensagem Salvadora de Jesus Cristo o seu Filho e nosso Salvador. Amém.
Francisco “Bonato” Pereira da Silva
Pesquisador de História dos Batistas em Pernambuco.
E-mail: fbonato52@hotmail.com - fone (081) 99775203

FLAVIO GERMANO SE DESPEDE DA IBCOR (2004)


DESPEDIDA DO PASTOR FLAVIO GERMANO DE SENA TEIXEIRA DA IBO CORDEIRO, NO RECIFE(PE).

O pastor Flavio Germano de Sena Teixeira se despediu do pastorado da Igreja Batista do Cordeiro, em Recife (PE), no domingo 27 de junho de 2004, no culto noturno, às 19:00 horas. Esteve presente o secretario executivo da CBPE Pr Alberto Cristiano de Freitas. O pastor Flavio Germano serviu a IB do Cordeiro por nove anos, quatro como pastor adjunto e quase cinco como pastor efetivo.
A Igreja Batista do Cordeiro, fruto de congregação fundada e dirigida por Salomão Ginsburg (1901 a 1905) na Vila do Cordeiro, foi organizada em Igreja em 15 de novembro de 1905, tendo como fundador o missionario Salomão Ginsburg e, ao longo dos seus quase cem anos foi pastoreada pelos obreiros seguintes: Antônio Marques da Silva (15.11.1905 a meados de 1906); Manoel Corinto Ferreira da Paz (1906 a 27.01.1907); Jose Pedro da Silva (27.01.1907 a 10.05.1908); Robert Edward Pettigrew (10.05.1908 a 06.10.1908); Manoel Corinto Ferreira da Paz (07.11.1908 a 30.04.1926); Sebastião Tiago Correia de Araújo (18.07.1926 a 27.04.1951); David Mein (03.06.1951 a 15.11.1982); Amauri Munguba Cardoso (15.11.1982 a 01.02.1987); Roberto Amorim de Menezes (15.02.1987 a 23.05.1999) e Flavio Germano de Sena Teixeira (23.05.1999 a 27.06.2004).
POSSE DO PASTOR MIQUEIAS DA PAZ BARRETO. Assumiu o pastorado da IB do Cordeiro, interinamente, o pastor Miqueias da Paz Barreto (pastor da IB Concórdia, Recife), obreiro dedicado ao trabalho batista, com destaque na área de missões e serviço social, além de conferencistas dos mais requisitados.
Rogamos as benção do Senhor e do seu filho Jesus Cristo sobre o obreiro que se despediu e sobre aquele que assumiu o cajado do rebanho do Senhor.
Francisco “Bonato” Pereira da Silva
Diácono da IB do Cordeiro (Recife, PE).
Pesquisador de História dos Batistas em Pernambuco.

Publicado n’ O JORNAL BATISTA, DE 17.07.2004