quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO COMEMORA 104º ANIVERSÁRIO (2004)

Missionario Salomão Luiz Ginsburg, o fundador da Convenção Batista de Pernambuco, em 30.12.1900.

A CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO.
O CENTO E QUATRO ANOS CONGREGANDO AS IGREJAS DO SENHOR.

No dia 30 de dezembro próximo passado transcorreu o 104º (centésimo quarto) Ani- versário da Convenção Batista de Pernambuco. Sua organização ocorreu em 30 de dezem bro de 1900, no templo da Primeira Igreja Batista do Recife, reunindo as cinco Igre jas Batistas do Campo Pernambucano: PIB de Maceió (AL), PIB do Recife (PE), IB Cacho eira (PE), IB Goiana (PE) e IB Nazaré da Mata (PE), com o nome de UNIÃO DE IGREJAS BATISTAS LEÃO DO NORTE.
Em 30 de dezembro de 2000, transcorreu o Centenário de Organização da CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO, a primeira Convenção Batista estadual, data cara aos batistas pernambucanos e brasileiros, e agora, passado o 104º Aniversario, queremos registrar o fato, com dados da sua história, para recordação das gerações passadas e conheci- mento das novas.
As igrejas batistas, embora autônomas, sempre trabalharam em conjunto, o que motivou a criação de organismos de cooperação, a denominados de Convenção, o primei ro deles ainda no Século XVIII, na cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos.
No Brasil, ainda no limiar do Século XX, quando organizadas as primeiras igrejas batistas, foram criados os primeiros desses organismos de cooperação: (a) em 30 de dezembro de 1900, a UNIÃO BAPTISTA LEÃO DO NORTE (Convenção Batista de Pernambuco), no Recife (PE); em 16 de dezembro de 1904, a UNIÃO BAPTISTA PAULISTA (Convenção Batista de São Paulo), em Jundiaí, São Paulo ; em 5 de janeiro de 1907, a ASSOCIAÇÃO BATISTA FLUMINENSE (Convenção Batista Fluminense), em Aperibé, no Rio de Janeiro e em 1º de janeiro de 1905 a SOCIEDADE MISSIONARIA DO RIO DE JANEIRO . Coube, portanto, à CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO o privilégio de ser a pioneira entre suas irmãs dos 27 Estados brasileiros e do Distrito Federal.
A história da Convenção Batista de Pernambuco pode ser dividida em seis períodos: (1) 1900 a 1915 – UNIÃO BATISTA LEÃO DO NORTE; (2) 1915 a 1923 – CONVENÇÃO BATISTA REGIONAL; (3) 1923 a 1925 – CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBUCANA e CONVENÇÃO BATISTA REGIONAL; (4) 1925 a 1940 – CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBUCANA; (5) 1940 a 1973 – CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBUCANA e CONVENÇÃO BATISTA EVANGELIZADORA DE PERNAMBUCO; (6) 1973 a 2004 – CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO.

1. 1900-1914. OS PRIMÓRDIOS: A UNIÃO BATISTA LEÃO DO NORTE. Organizada em 30 de dezembro de 1900, realizou sua primeira assembléia no período de 30 de dezembro de 1900 a 1º de janeiro de 1901, no templo da Primeira Igreja Batista do Recife (PIB RECIFE), então situado na Rua da Aurora, por iniciativa do missionário Salomão Ginsburg, com o nome de UNIÃO BATISTA LEÃO DO NORTE. A primeira assembléia elegeu a diretoria assim composta: Presidente: Salomão Ginsburg (pastor da PIB RECIFE); Vice-presidente: João Borges da Rocha (pastor da IB de Nazaré da Mata); Tesoureiro: J. Marinho Falcão; 1º Secretário: Emilio Warwick Kerr (mais tarde pastor em S. Paulo); 2º Secretário: Arthur da Silva Lindoso (diácono da PIB RECIFE). A União Batista passou a reunir-se anualmente, em igrejas diferentes, para planejar e coordenar o trabalho das seis igrejas existentes e para momentos de fraterna comunhão entre os batistas do campo pernambucano (que incluía Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte).
Embora alguns que escreveram sobre os batistas em Pernambuco, afirmem que a Convenção não se reuniu com regularidade, nossas pesquisas demonstram o contrário. Os registros encontrados comprovam realização das assembléias hospedadas pelas igrejas seguintes: (2) IB Nazaré da Mata (PE) (abril de 1901) ; (3) PIB Maceió (AL) (maio de 1904) ; (4) IB Ilheitas (PE) (abril de 1906) ; (5) IB Nazaré da Mata (PE)(abril de 1907) ; (6) IB Ilheitas (PE)(abril de 1908) ; (7) IB Nazaré da Mata (PE)(abril de 1909) ; (8) IB Limoeiro do Norte (PE)(março de 1910) ; (9) IB de Moganga (Siriji)(PE) (abril de 1911) ; (10) IB do Cabo (PE) (abril de 1912) ; (11) IB Gravatá (PE)(abril de 1914) . Temos o registro de doze assembléias de quinze anos realizadas, faltando localizar os registros das assembléias de 1902, 1903, 1905 e 1913. Em 1914 reuniu-se a última Assembléia da Convenção sob a denominação de União Batista Leão do Norte.
A União Batista Leão do Norte, a primeira Convenção Estadual organizada no Bra sil, pelos batistas, foi o embrião da Convenção Batista Regional, que congregou as igrejas batistas do Campo Pernambucano e se expandiu para incluir as Igrejas dos Estados da Paraíba, das Alagoas e do Rio Grande do Norte e deu origem às Convenções Batistas dos Estado de Pernambuco, de Alagoas e da Paraíba. Desta última, mais tarde se desmembrou a do Rio Grande do Norte.

2. 1915-1923: A CONVENÇÃO BATISTA REGIONAL. A União Batista Leão do Norte em muito contribui para o desenvolvimento do trabalho campo e para fortalecer os laços de fraternidade entre os membros e obreiros da várias igrejas. O crescimento do campo e a organização de igrejas nos estados vizinhos, vinculados ao campo missionário de Pernambuco, a levaram a mudar o nome para Convenção Batista Regional, mais coerente com a sua expansão. Assim, na Assembléia de 1915 , realizada no templo da Igreja Batista do Cordeiro, no Recife (PE), essa mudança foi concretizada. Essa Assembléia contou com a presença dos missionários Ernest Alonzo Jackson e James Leonel Downing, que serviam no campo baiano. A Convenção Regional foi o espaço onde os obreiros nacionais desenvolveram o seu potencial de organização e passaram a ter voz mais ativa na condução dos destinos do trabalho batista no Estado.
Os relatórios dessa assembléia convencional (1915) mostram que nas cinco igrejas da capital (PIB do Recife, Cordeiro, Gameleira, Torre e Feitosa), tinham sido realizado no ano convencional cento e quarenta e dois (142) batismos, enquanto no campo o total foi de trezentos e quarenta e dois (342). Registra ainda que o Seminário Batista de Pernambuco, vinculado à Convenção local, matriculou dezessete alunos. Cabe lembrar que o mundo estava em plena I Guerra Mundial, com graves conseqüências econômicas para o Estado, para o país e para o mundo ocidental, em especial para os Estados Unidos e Europa. O Recife, grande centro econômico e portuário, também sofria os efeitos da guerra.
As outras assembléias da Convenção Regional foram realizadas nas datas e locais seguintes: (1) PIB de Maceió (20-23 de abril de 1916); (2) IB Torre (04-06 de abril de 1917); (3) IB Vila Natan (Moreno) (abril de 1919); (4) IB Cordeiro (abril de 1921). Em 1921 diminuiu o território da Convenção Regional, com a organização da Convenção Batista Alagoana, por iniciativa do missionário John Mein, quando as igrejas daquele Estado se desligaram do campo pernambucano. Em 1924 a Paraíba e o Rio Grande do Norte constituíram a Convenção Batista Paraibana, sob a direção do missionário Arnald Edmund Hayes.

3. 1923-1925: A CONVENÇÃO BATISTA REGIONAL E A CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBUCANA. Exaltados os ânimos e eliminados das igrejas dominadas pelos radicais os missioná- rios norte-americanos e aqueles que os apoiavam. E além de estarem os radicais na direção da Convenção Regional e do jornal O Batista Regional, as Igrejas que acei- taram permanecer em cooperação com a Missão norte-americana, cujos integrantes eram denominados construtivistas, decidiram criar um novo organismo de cooperação, para congregar as igrejas (Afogados, Capunga, Caruaru, Ilheitas, Lagedo, Limoeiro, Olinda, Vermelho, Zumbi). A sua Assembléia organizadora foi realizada nos dias 1 e 2 de novembro de 1923, na Igreja Batista da Capunga, quando elegeram a diretoria seguinte: Presidente: José Paulino Raposo Câmara; Vice-presidente: Leslie Leonidas Johnson; 1º Secretário: Acácio Vieira Cardoso; 2º Secretário: Stella Câmara; e Tesoureiro: Arnald Edmund Hayes.
Cabe repetir uma observação. Embora alguns autores registrem que, no primeiro momento do cisma, apenas as Igrejas Batistas de Olinda e de Lagedo apoiaram os missionários, enquanto as demais teriam ficado com a Convenção Batista Regional, Isabel Spacov, no livro IGREJA BATISTA DA CAPUNGA, documentando sua formação, demonstra, por documento (a ata de fundação da IB da Capunga) que cinco Igrejas permaneceram apoiando os missionários: a Igreja Batista de Olinda, dirigida por Benício Leão; as Igrejas Batistas de Vermelho e de Limoeiro, pastoreadas por Manoel Olimpio de Holanda Cavalcanti; as Igrejas Batistas de Ilhetas e de Lagedo (Goiana), pastoreadas por Leônidas Lee Johnson. Estas igrejas que se fizeram presentes no concilio de organização da Igreja Batista da Capunga.
A Convenção Batista Brasileira (CBB) interferiu na situação e foram feitas firmadas novas bases de cooperação entre a missão e as igrejas, que satisfez a maioria delas (1925), encerrando-se o movimento radical para a maioria absoluta dos batistas.

4. 1925-1940: A CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBUCANA. O período de progresso da prega ção do Evangelho de Cristo em direção ao Agreste e o Sertão do Estado. O cristia- nismo batista em Pernambuco tinha tido sua matriz na cidade do Recife, com a orga nização da PIB do Recife, atingido para o norte a Cidade de Goiana, na divisa com a Paraíba, para o sul Palmares, na divisa com o Estado de Alagoas e havia penetrado um pouco para o interior, atingindo as regiões da mata norte e mata sul, sempre seguin do os caminhos das ferrovias: Nazaré da Mata, Timbauba, Ilheitas (Goitá), Limoeiro, Boa Jardim, entre outras. Todavia as Boas Novas da Salvação não haviam ainda ultra passado cem quilômetros do litoral, exceto em Caruaru (1923).
Nesse período a mensagem do Evangelho vai atingir Rio Branco (hoje Arcoverde, em 1926), Garanhuns (1929), chegando até a metade do território do Estado. A partir do Agreste e do Sertão do Estado, chega até Serra Talhada, Salgueiro, Floresta, Triunfo, ficando, todavia, onze igrejas fora da Convenção Batista Pernambucana. No final desse período essas igrejas que haviam se desligado da CBB e ingressado na Associação Batista Brasileira se filiaram à Convenção Batista Pernambucana, encerrando o episódio.

5. CONVENÇÃO BATISTA EVANGELIZADORA DE PERNAMBUCO E CONVENÇÃO BATISTA PERNAMBU- CANA. Em 1940 ocorreu uma nova cisão, passando a haver no Estado, novamente, duas convenções: a Convenção Batista Pernambucana e a Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco. Essa situação difere em muito da anterior porque, embora divergindo no tocante às diretrizes a serem implementadas no trabalho, entre os dois grupos, igrejas e individuas havia um relacionamento fraterno, com troca de cartas de transferência de membros, obreiros de igreja de um grupo eram aceitos para pastorear igrejas do outro grupo, até que, finalmente, terminou a separação, com a realização de uma Convenção conjunta, onde as duas convenções existentes se fundiram num único organismo que se denominou de Convenção Batista de Pernambuco (1973).
A Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco foi formada, de inicio, por vinte e quatro (24) igrejas e nos meses seguintes à sua fundação outras vinte igrejas resolveram se filiar à Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco: Afogados, Aliança, Araras, Barreiros, Cabrobó, Campo Alegre (Limoeiro), Caruaru, Cavaleiro, Feitosa, Goiana (1ª), Ilheitas, Nova Ipiranga, Remédios, Ribeirão, Rua Imperial, Santa Maria, Tegipio, totalizando quarenta e quatro igrejas filiadas à essa convenção.
As Convenções Pernambucanas e Evangelizadora prosseguiram no trabalho de cooperação com a Convenção Batista Brasileira, trocando cartas e a partir de 1960 começaram a se aproximar. Na época da Campanha Nacional de Evangelização, em 1965, houve um primeiro contato entre as duas Convenções, quando elegeram em conjunto, uma comissão comum para a promoção da Campanha no Estado. O fato repercutiu na denominação, culminando com a proposta de fusão das duas Convenções, em 1971.

6. 1973 – 2004: CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO. As duas convenções: a Convenção Batista Pernambucana, presidida por Ernani Jorge de Araújo (pastor da IB Água Fria); e a Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco, presidida pelo pastor Merval de Sousa Rosa (pastor IEB de Casa Amarela) – deliberaram, no ano de 1971, estudar a possibilidade de se fundirem num único organismo de cooperação, unindo forças em prol do Reino de Deus. Com essa finalidade constituíram cada uma, uma comissão de cinco membros, que se reuniram e constituíram a Comissão Paritária, que se subdi vidiu em duas sub-comissões: de Reestruturação e Jurídica. A Comissão Paritária, através de suas sub-comissões Jurídica e de Estruturação, trabalhou ativamente, apresentou projetos, explicações, estudos, emendas e deu novas redações. O mesmo ambiente de excelente entendimento permaneceu constante. E no dia 2 de novembro de 1973, no templo da Igreja Batista da Capunga, as duas Convenções se fundiram num único organismo – a CONVENÇÃO BATISTA DE PERNAMBUCO. No dia 2 de novembro de 1973, às oito horas e trinta minutos começava a ser escrita a primeira ata da Convenção Batista de Pernambuco. Apresentaram declarações solenes, preces de gratidão e de alegria foram Trono da Graça do Deus Criador e do seu Filho Jesus Cristo, nosso Salvador. Alegria, abraços, lagrimas de contentamento. A Diretoria eleita expressou os sentimentos que a todos dominava e representou o reconhecimento dos convencionais à aqueles que trabalharam para reunir os batistas do Estado num único organismo cooperativo: Pastor Merval de Souza Rosa, Presidente; Pastor Ernane Jorge de Araújo, 1º Vice-presidente; Pastor Israel Dourado Guerra, 2º vice-presidente, Pastor Elias Teodoro da Silva, 1º Secretário, Professora Daisy Santos Correia de Oliveira, 2º Secretária. No sábado, dia 3, depois das 22 h foram encerrados, com grande alegria e emoção, os trabalhos dessa Assembléia histórica da Convenção Batista de Pernambuco, que reuniu novamente os batistas do Estado de Pernambuco .

Agora em Pernambuco havia uma só e grande Convenção Batista com duzentas igrejas e um orçamento de Cr$ 22.000,00. Nenhuma das igrejas das extintas Convenções ficou de fora do novo rol convencional. Os batistas de Pernambuco fundiram seus nomes, seus esforços, seu patrimônio, perpetuaram seu ideais, aumentando suas forças para a realização da vontade do Mestre. O casamento fora feito, usando a expressão de Ramos André, pelo Pastor Nilson do Amaral Fannini, Presidente da Convenção Batista Brasileira, quando pregou o sermão oficial da união, na sexta-feira à noite e, lendo Jeremias 18:1-6, fez uma aplicação excelente e feliz à nova Convenção, e ao final da mensagem os mensageiros presentes deram-se as mãos enquanto cantaram “benditos laços são, os do fraterno amor• ".

Hoje, cento e quatro anos depois, a Convenção Batista de Pernambuco tem por Pre- sidente o Diácono Dr. Lincoln Pereira de Araújo e como Secretário Executivo o Pr. João Batista Januário dos Santos e como Coordenador de Evangelismo e Missões o Pr Edvan Tavares Pessoa.

A Convenção Batista de Pernambuco (CBPE), nas suas diversas fases, desde a sua fundação, passando por momentos de dificuldades e de harmonia, vem agregando e con- gregando as igrejas batistas do Estado e passados cento e quatro anos daquele momento inicial, o povo de Deus chamado Batista permanece unido em torno da sua Convenção Batista de Pernambuco, tendo ultrapassado o centenário de organização do trabalho cooperativo batista para a Glória do Senhor. Amém.

Francisco “Bonato” Pereira da Silva
Mestrando de Teologia, STBNB (Área: História).
Pesquisador de História dos Batistas em Pernambuco.
fbonato52@hotmail.com

IB EMANUEL (PE) EMPOSSA ALBERTO FREITAS (2004)


A IGREJA BATISTA EMANUEL NO RECIFE EMPOSSA NOVO PASTOR, HOSPEDA O CONGRESSO DA OPB BRASIL E SE PREPARA PARA COMEMORAR O 40º ANIVERSÁRIO (2004).

A Igreja Batista Emanuel no Recife empossou o seu novo obreiro, o Pastor Alberto Cristiano de Freitas, no dia 29 de agosto de 2004, ocasião em que foi celebrado um solene Culto ao Deus Criador e a seu filho Jesus Cristo. Estiveram presentes: o Diretor Geral do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, Dr. Merval Rosa; o Diretor Geral do Colégio Americano Batista (CAB), Dr. Ildibas Nascimento; a Secretaria Executiva da União Feminina Missionária Batista de Pernambuco, Professora Daisy Correia de Oliveira; o Presidente da Convenção Batista de Pernambuco, Diácono Lincoln Araújo; o Presidente da Ordem dos Pastores Batistas de Pernambuco, Pastor Edinaldo Monteiro; o Vice Presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), Pastor Miquéias da Paz Barreto. A Diretora Geral do Seminário de Educação Cristã (SEC), Professora Iracy Leite, o Secretário Executivo da Junta de Missões Mundiais, Pastor WaldemiroTymchak e o Secretário Executivo da Junta de Missões Nacionais, Pastor Ilton Pereira, impossibilitados de comparecer, enviaram telegramas de congratulações à Igreja. Estiveram presentes cerca de duas dezenas de pastores e igual numero de diáconos do campo, a família do pastor e da sua esposa, além de membros de várias igrejas batistas. O culto foi dirigido pela Professora Daisy Correia e pelo Pastor Jesiel Barbalho.
O pregador do Culto de Posse foi o Pastor Miquéias da Paz Barreto, da IB da Concórdia (e interino da IB Cordeiro), no Recife, que expôs a mensagem de Deus, segundo conteúdo da Carta de Paulo a Timóteo, discorrendo sobre a responsabilidade do pastor para com o seu rebanho.
Manifestaram os representantes das entidades denominacionais, especialmente o presidente da CBPE que expressou o agradecimento dos batistas de Pernambuco ao Pastor Alberto Cristiano de Freitas pelo período em que serviu como Secretário Geral do campo. O coro Emanuel, dirigido pela professora Cristiane Pascoal, dirigiu o louvor e a todos enlevou com as musicas especiais.
ANFITRIÃ DO CONGRESSO DOS PASTORES BATISTAS DO BRASIL
Duas semanas depois da posse do Pastor Alberto Cristiano de Freitas, a Igreja Batista Emanuel no Recife, no período de 15 a 18 de setembro de 2004, abriu suas portas, o coração e os braços do seu pastor e seus membros para receber e abraçar os pastores batistas do Brasil, liderados pelos Pastores Pascoal Piragine Júnior (1ª IB de Curitiba, PR), Presidente e Juracy Bahia, Secretário Geral, da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, reunidos no Congresso da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB) e pelo Ednaldo Monteiro, (IB Memorial de Belém, Recife, PE), Presidente da OPBB-PE.
Os pregadores do Congresso foram os pastores Sócrates Oliveira, Secretário Geral CBB, Tarsis Wallace Lemos Monteiro (IB Betel, em Maceió, AL), Juracy Bahia, Secretário Geral da OPBB, Edelto Antunes (Rio de Janeiro), Pastor WaldemiroTymchak, Secretário Executivo JMM, Roberto Amorim de Menezes (IB Farol, Maceió, AL), Paulo Solonca, José Maria, Helio Lourenço (São Luis, MA). Além das mensagens gerais, os presentes puderam participar de inúmeras oficinas sobre assuntos relacionados ao ministério pastoral. Apresentaram-se coros e grupos musicais que embeveceram os presentes: pastores, esposas e alunos dos Seminários.
O encerramento do Congresso ocorreu próximo da 13:00 horas do sábado, dia 18 de setembro, com os agradecimentos da Ordem dos Pastores à Igreja Batista Emanuel e ao Pastor Alberto Cristiano de Freitas e a toda equipe de apoio.
A COMEMORAÇÃO DO JUBILEU DE ESMERALDA – 40 ANOS
A Igreja Batista Emanuel no Recife está se preparando para comemorar, na última semana do mês de outubro próximo o seu Jubileu de Esmeralda – 40 ANOS – como agencia do Reino de Deus e Corpo de Cristo presente naquele bairro, louvando a Deus o Criador e proclamando a Mensagem de Salvação de Jesus Cristo, o nosso Redentor.
A História da Igreja Batista Emanuel Boa Viagem tem inicio em 1964, quando um pequeno grupo de crentes passou a se reunir no apartamento do casal Louise e George Leiby, em razão da irmã Louise, enferma, estar impossibilitada de participar dos cultos na Igreja. O pastor Travis Berry, Executivo da Convenção Batista Evangelizadora de Pernambuco, tornou-se o líder desse grupo de irmãos e passou a dar-lhe uma feição de congregação. Posteriormente o grupo passou a reunir na casa do pastor Zacarias e Ofisia Campelo, congregando quinze pessoas, quando se agregaram ao grupo três missionários: o pastor Glen Swicegood, sua esposa Audrey Swicegood e da. Mary Witt, todos vindos da Escola de Línguas em Campinas (SP). O pastor Glen Swicegood, arquiteto, dirigente da Comissão Predial Batista em Pernambuco, teve a visão de levar o grupo a adquirir lotes de terreno na Rua Maria Carolina, ainda pouco mais que um mangue, tendo a visão do futuro. A congregação contava com o apoio decidido da Igreja Batista da Capunga, de onde eram membros os congregados.
1. A ORGANIZAÇÃO. A IGREJA BATISTA EMANUEL EM BOA VIAGEM foi organizada em 27 de outubro de 1966, com dezesseis membros, sendo o Concilio de Organização constituído por dez pastores e cinco diáconos do campo pernambucano. O nome escolhido Emanuel foi sugerido pelo pastor José Florêncio Rodrigues, professor de hebraico do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, que significa Deus conosco e traduzia o sentimento dessa comunidade cristã. A igreja nasceu, assim, sob a influencia do nome que era a sua declaração de fé, e para indicar a localização acrescentaram em Boa Viagem.
A igreja desde os seus primórdios direcionou suas ações para dois ministérios mais específicos – Ministério de Ação Social e Ministério de Evangelização -, visando atender sua missão como Igreja . O primeiro atendia ao clamor dos menos afortunados que rodeiam a área onde está situada a Igreja, cujo clamor necessitava ter resposta do Corpo de Cristo ali presente. O segundo atendia à missão da Igreja, de pregar a Palavra até os confins da terra, atingindo todos ao alcance da influencia da Igreja, especialmente uma classe média que seria atraída a estudar a Bíblia em uma língua estrangeira.
A Igreja Batista Emanuel, seguindo a visão social-missionária, apresentada pelo Pastor Harald Schaly, para implementar esses dois ministérios abriu duas frentes de trabalho. Na área social organizou a Creche Raio de Sol – uma atividade filantrópica e evangelistica -, abrangendo moradores das favelas do Mata Sete e da Ilha do Destino, onde eram assistidos menores carentes e suas famílias. Na área de evangelismo ocorreu a abertura de classes de estudo da língua inglesa, utilizando a Bíblia em inglês como livro texto, procurando atingir a comunidade de Boa Viagem e viajantes através dessa língua.
2. A SEDE E O TEMPLO. A Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem, diferentemente, da maioria das igrejas evangélicas, de modo geral, não edificou primeiro o seu templo, mas um edifício de educação religiosa O desafio de planejar e construir um esse edifício foi grande, mas esse rebanho do povo de Deus atendeu ao chamado e enfrentou o desafio. Ainda no ano de 1966 foram iniciadas as obras do que veio a ser o “Edifício Travis S. Berry”, em homenagem ao seu idealizador e primeiro dirigente da primitiva congregação. As dependências desse edifício serviram à Igreja como templo, de modo provisório, até que puderam edificar o templo, que hoje embeleza a Rua Maria Carolina e testifica para a vizinhança que ali se reúne, cultua e louva ao Deus Criador e a Jesus Cristo, seu filho, o Salvador, uma igreja cristã, parte do Corpo Universal de Cristo.
O templo teve sua pedra fundamental lançada em 27 de outubro de 1985, quando a igreja comemorava o seu 19º aniversário de fundação, sob pastorado de Renato Cavalcanti.A pedra fundamental, uma urna de cimento, foi lacrada contendo um exemplar do Jornal “O Diário de Pernambuco”, um Boletim da Igreja, uma Revista de Jovens e Adultos, uma garrafa de mel (lembrando a campanha da construção, onde esse produto foi utilizado) e um paliteiro (representando o trabalho da União Feminina nos bazares para angariar fundos para a construção), sendo concluída a sua construção no final do século XX.
A construção do templo teve inicio em 2 de junho de 1986, tendo sido contratada a empresa W. O. Engenharia para a execução da obra. A igreja foi arregimentada, dividindo-se o corpo de membros em doze grupos, no que foi denominado “A Campanha das Doze Tribos”, que se comprometeram em sustentar a obra, com ofertas voluntárias especificas.
A construção do templo da Igreja foi concluída em 1998 e no ano de 2003 o projeto foi arrematado com a climatização do santuário, recurso necessário num bairro á beira-mar, onde a temperatura, no verão, atinge a 30º Celsius.
3. OS MINISTÉRIOS. A Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem exerce sua missão através de Ministérios de: Educação Cristã, dirigido por Lílian e Roseane Lima, que abrange uma grande Escola Bíblica Dominical e um trabalho evangelistico-educacional no Jardim Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, onde há vinte e dois batizados e mais de quarenta congregados e foi construído um templo; Música, liderado por Cristiane Pascoal, e tem envolvido a igreja nas atividades musicais, incluindo os corais Emanuel, Ágape, Tríade, Jovem, Adolescentes, Juniores e Infantil, alem de quatro bandas e vários grupos musicais; Social, Social, liderado pela professora Eleni Munguba, com vasta área de atuação, incluídos no NASCE – Núcleo de Atuação Social Cristã Emanuel -, oferecendo serviços médico, odontológicos, de fonoaudióloga e psicologia, com professores voluntários, oferece cursos de alfabetização de adultos e assistência às crianças das favelas próximas, com aulas de reforço e lanche durante as tardes. Coordena escola de musica e prepara professores interessados na área de atividade; Famílias, liderado pelo pastor Julio César tem integrado os novos membros a igreja com encontros trimestrais onde a comunhão é a tônica presente.
5. OS PASTORES. A Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem, ao longo dos seus quase quarenta anos foi dirigida pelos seguintes Pastores: (1) Glen Swicegood (1966 a 1967); (2) Harald Schaly (1967 a 1970); (3) Epitácio Lima (1972 a 1973); (4) Harald Schaly (1973 a 1983); (5) Renato Cavalcanti (1983 a 1986), (6) Edvar Gimenes de Oliveira (1987 a 1992); (7) Josias Bezerra (1992 a 1999); (8) Edvar Gimenes de Oliveira (1997 a 2003); (9) Josias Bezerra (01.07.2003 a 30.06.2004); (10) Alberto Cristiano de Freitas (2004).
O novo obreiro, o Pastor Alberto Cristiano de Freitas, nasceu a 22 de abril de 1956, na Cidade do Recife, filho do pastor Helio Vidal de Freitas e de Alayde Ferreira de Freitas. Graduou-se em Engenharia Eletrônica pela Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco, em dezembro de 1978, na mesma escola onde o seu pai, engenheiro civil, estudara e era professor. Trabalhou durante doze anos em atividades da sua formação, em empresa de engenharia em Recife (quatro anos), na Força Aérea Brasileira (oito anos) e empresa de informática na cidade de Maceió (AL) por dois anos.
Em 4 de fevereiro de 1983 casou com Zilla Ribeiro Queiroz de Freitas, filha do pastor Anderson Alves Queiroz e Cecília Delcy Ribeiro Queiroz, graduada em Administração de Empresas em 1984. O casal tem dois filhos, Rodrigo, de 19 anos, cursando Ciências da Computação (UFPE) e Daniel, estudando o segundo ano do ensino médio.
Sentindo a chamada para o ministério, ingressou no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil em 1980, cursando o bacharelado em Teologia até 1985, embora sem concluir o curso. Assumiu compromissos no ministério da 1ª Igreja Batista do Recife em 1985 e, em 17 de abril de 1993 foi consagrado ao Ministério da Palavra para pastorear a Igreja Batista de Ibimirim, no sertão pernambucano, onde permaneceu até agosto de 1995. Assumiu o pastorado da 1ª Igreja Batista de Garanhuns, no agreste meridional de Pernambuco, em agosto de 1995 trabalhando naquele campo até janeiro de 2001. Em fevereiro de 2001 assumiu a Secretaria Geral da Convenção Batista de Pernambuco (CBPE), na qual serviu até final do mês de agosto de 2004.
O pastor Alberto Cristiano de Freitas vem de um estirpe de servos do Senhor, sendo ele a terceira geração de pastores na família, iniciada por seu avo, o Pastor Jose Vidal de Freitas (pastor, advogado e magistrado no Piaui), continuada por seu pai, o pastor Helio Vidal de Freitas (pastor e engenheiro civil, responsável por grande número de templos batistas e de outras denominações edificados no Estado de Pernambuco). O pastor Alberto Freitas ainda tem um tio (Luiz Silvio de Freitas) e outros parentes no ministério pastoral. O Pastor Alberto Cristiano de Freitas, a sua esposa Zilla, e seus filhos Rodrigo e Daniel, eram membros da Igreja Batista Emanuel em Recife, onde ele servia de forma limitada, em face da Secretario Geral da Convenção Batista de Pernambuco, que lhe absorviam quase todo o tempo disponível.
A SITUAÇÃO ATUAL. A Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem, hoje contando com quase mil membros, e que vem de empossar o seu novo obreiro, o Pastor Alberto Cristiano de Freitas, em 29 de agosto de 2004, conta com uma equipe ministerial eficiente e dedicada, que dirige os trabalhos da Igreja para o louvor e adoração do Senhor e para a proclamação da Mensagem Salvadora de Jesus Cristo o seu Filho e nosso Salvador. Amém.
Francisco “Bonato” Pereira da Silva
Pesquisador de História dos Batistas em Pernambuco.
E-mail: fbonato52@hotmail.com - fone (081) 99775203

FLAVIO GERMANO SE DESPEDE DA IBCOR (2004)


DESPEDIDA DO PASTOR FLAVIO GERMANO DE SENA TEIXEIRA DA IBO CORDEIRO, NO RECIFE(PE).

O pastor Flavio Germano de Sena Teixeira se despediu do pastorado da Igreja Batista do Cordeiro, em Recife (PE), no domingo 27 de junho de 2004, no culto noturno, às 19:00 horas. Esteve presente o secretario executivo da CBPE Pr Alberto Cristiano de Freitas. O pastor Flavio Germano serviu a IB do Cordeiro por nove anos, quatro como pastor adjunto e quase cinco como pastor efetivo.
A Igreja Batista do Cordeiro, fruto de congregação fundada e dirigida por Salomão Ginsburg (1901 a 1905) na Vila do Cordeiro, foi organizada em Igreja em 15 de novembro de 1905, tendo como fundador o missionario Salomão Ginsburg e, ao longo dos seus quase cem anos foi pastoreada pelos obreiros seguintes: Antônio Marques da Silva (15.11.1905 a meados de 1906); Manoel Corinto Ferreira da Paz (1906 a 27.01.1907); Jose Pedro da Silva (27.01.1907 a 10.05.1908); Robert Edward Pettigrew (10.05.1908 a 06.10.1908); Manoel Corinto Ferreira da Paz (07.11.1908 a 30.04.1926); Sebastião Tiago Correia de Araújo (18.07.1926 a 27.04.1951); David Mein (03.06.1951 a 15.11.1982); Amauri Munguba Cardoso (15.11.1982 a 01.02.1987); Roberto Amorim de Menezes (15.02.1987 a 23.05.1999) e Flavio Germano de Sena Teixeira (23.05.1999 a 27.06.2004).
POSSE DO PASTOR MIQUEIAS DA PAZ BARRETO. Assumiu o pastorado da IB do Cordeiro, interinamente, o pastor Miqueias da Paz Barreto (pastor da IB Concórdia, Recife), obreiro dedicado ao trabalho batista, com destaque na área de missões e serviço social, além de conferencistas dos mais requisitados.
Rogamos as benção do Senhor e do seu filho Jesus Cristo sobre o obreiro que se despediu e sobre aquele que assumiu o cajado do rebanho do Senhor.
Francisco “Bonato” Pereira da Silva
Diácono da IB do Cordeiro (Recife, PE).
Pesquisador de História dos Batistas em Pernambuco.

Publicado n’ O JORNAL BATISTA, DE 17.07.2004